Economia

FMI diminui para 1,4% previsão de crescimento da Eurozona

"O crescimento na zona do euro deverá cair para 1,4% em 2017, principalmente devido ao impacto negativo do referendo britânico"


	Zona do Euro: em contrapartida, previram uma alta no crescimento para 2016, a 1,6%, contra 1,5% em sua previsão anterior
 (Daniel Roland/AFP)

Zona do Euro: em contrapartida, previram uma alta no crescimento para 2016, a 1,6%, contra 1,5% em sua previsão anterior (Daniel Roland/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2016 às 14h04.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu nesta sexta-feira sua previsão de crescimento para a zona do euro em 2017, apontando para 1,4%, contra o 1,6% previsto anteriormente, devido ao Brexit.

"O crescimento na zona do euro deverá cair para 1,4% em 2017, principalmente devido ao impacto negativo do referendo britânico" sobre a saída da UE, explica o FMI no seu relatório anual.

Em 12 de abril, o Fundo havia anuncia um crescimento esperado de 1,6%.

Em contrapartida, previram uma alta no crescimento para 2016, a 1,6%, contra 1,5% em sua previsão anterior.

O FMI aponta diferentes riscos crescentes para a economia dos 19 países que adotaram a moeda única europeia.

Ele menciona a desaceleração do crescimento global, o que poderia prejudicar a recuperação, agora impulsionada pela demanda interna.

Também cita "as consequências do referendo britânico, a crise dos refugiados e preocupações sobre possíveis ameaças terroristas", que "podem ​​contribuir para uma maior incerteza, o que afetaria o crescimento e impediria reformas".

Finalmente, ele aponta para os riscos associados com a fraqueza do setor bancário e financeiro em alguns países.

Durante uma teleconferência com repórteres, Mahmood Pradhan, vice-diretor do departamento Europa da organização com sede em Washington, disse que o impacto sobre o crescimento da zona do euro seria maior se as negociações sobre a saída da Grã-Bretanha da UE se arrastasse por mais tempo.

"No momento, não sabemos quanto tempo levará este processo de negociações. O que nos preocupa é saber se esse processo levará tempo demais", disse ele.

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