Economia

FMI descarta alívio da dívida grega

Depois do perdão de mais de 100 bilhões de euros de dívida pelo setor privado, parte essencial da dívida grega está nas mãos dos credores internacionais do país


	Bandeiras da União Europeia e Grécia: no final de novembro, os países europeus aceitaram reduzir a taxa de juros aplicada à Grécia, para diminuir a dívida do país, que deve chegar aos 180% do PIB este ano.
 (Oli Scarff/Getty Images)

Bandeiras da União Europeia e Grécia: no final de novembro, os países europeus aceitaram reduzir a taxa de juros aplicada à Grécia, para diminuir a dívida do país, que deve chegar aos 180% do PIB este ano. (Oli Scarff/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2013 às 16h28.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) descartou nesta quinta-feira um novo alívio da dívida grega "no momento", e informou que a próxima parcela de ajuda àquele país será entregue em junho.

"Não prevemos uma discussão sobre uma (participação dos credores públicos) no momento", declarou Gerry Rice, porta-voz do FMI, durante uma coletiva de imprensa.

Contudo, disse que "um novo alívio da dívida grega será necessário para que a Europa possa cumprir seu compromisso de reduzir a dívida grega a um nível sustentável", acrescentou, lembrando que o objetivo é a redução da dívida pública a 124% do Produto Interno Bruto em 2020 e a 110% dois anos depois.

Depois do perdão de mais de 100 bilhões de euros de dívida no começo de 2012 pelo setor privado, a parte essencial da dívida grega está nas mãos dos credores internacionais do país (FMI, União Europeia, Banco Central Europeu).

No final de novembro, os países europeus aceitaram reduzir a taxa de juros aplicada à Grécia, para diminuir a dívida do país, que deve chegar aos 180% do PIB este ano.

Os países europeus examinarão a situação da Grécia no fim de ano, informou Rice.

O porta-voz também disse que o conselho de administração do Fundo, que representa seus 188 estados membros, se reunirá no dia 31 de maio para aprovar a entrega de um empréstimo de cerca de 1,7 bilhão de euros à Grécia, no âmbito do plano de resgate acordado com o país em 2012.

"A entrega (do empréstimo) deverá ser feita pouco depois dessa reunião", disse.

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