Na ordem: Gita Gopinath, Laurence Boone, Pinelopi Goldberg e Beata Javorcik (Montagem/Exame)
João Pedro Caleiro
Publicado em 4 de março de 2019 às 08h00.
Última atualização em 4 de março de 2019 às 08h00.
São Paulo - As mulheres estão conquistando cada vez mais espaços de poder e um exemplo é o ramo da economia.
Quatro das principais organizações multilaterais do planeta escolheram recentemente mulheres para o posto de economista-chefe.
Isso significa que elas que estarão responsáveis por coordenar as projeções que embasam as instituições, servem como referência para o mercado e influenciam nos rumos da economia global.
Conheça as quatro economistas:
Esta americana nascida na Índia, de 47 anos, foi escolhida para o cargo em outubro e assumiu em janeiro no lugar de Maurice Obstfeld.
Gita tem um Ph.D. em Economia de Princeton e já vinha chamando a atenção como professora, primeiro na Universidade de Chicago e depois em Harvard, de onde tirou uma licença.
Em 2011, foi escolhida pelo Fórum Econômico Mundial como uma das "jovens líderes globais". O FMI também é dirigido desde 2011 por outra mulher, a francesa Christine Lagarde.
A instituição foi criada em 1945 e tem como objetivo manter a estabilidade do sistema financeiro global.
Escolhida em junho de 2018, esta francesa de 49 anos entrou no lugar de outra mulher: Catherine Mann, que ficou no posto entre 2014 e 2017.
Boone começou sua carreira no Merrill Lynch, já havia passado por instituições como Barclays e AXA e tem mestrado pela London Business School.
Entre 1998 e 2004, já havia trabalhado como economista na OCDE, organização fundada em 1961 e que define padrões para seus 61 países-membros, na maioria desenvolvidos (o Brasil pleiteia uma vaga).
Sua experiência prévia no setor público inclui um período, entre 2014 e 2016, em que assessorou a presidência francesa nas relações com instituições internacionais como FMI e G20.
Pinelopi tem um PhD da Universidade de Stanford e tirou licença de Yale, onde passou uma boa parte da sua carreira acadêmica, para assumir o posto no Banco Mundial.
Nascida na Grécia, mas também com cidadania americana, a economista de 56 anos tem no seu currículo pesquisas sobre o efeitos do comércio sobre desigualdade e inovação em países emergentes.
A experiência será valiosa para uma instituição que tem como foco o financiamento de projetos de desenvolvimento nestes países.
A economista polonesa de 48 anos assume em setembro o posto no ERBD, instituição fundada em 1991 para promover financiamentos para desenvolver mercados em 27 países da Europa Central à Ásia Central.
Beata é atualmente professora na Universidade de Oxford e seu currículo inclui um PhD de Yale e uma passagem pelo Banco Mundial.