Economia

FMI apoia aumento de déficit fiscal para combater ebola

A diretora-gerente do FMI mostrou-se a favor de que os países africanos afetados pelo ebola elevem déficit fiscal para financiar combate ao vírus


	Christine Lagarde: "é positivo aumentar o déficit fiscal quando é questão de curar pessoas"
 (Brendan Smialowski/AFP)

Christine Lagarde: "é positivo aumentar o déficit fiscal quando é questão de curar pessoas" (Brendan Smialowski/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2014 às 13h30.

Washington - A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, mostrou-se nesta quinta-feira a favor de que os países africanos afetados pelo broto de ebola elevem seu déficit fiscal para financiar o combate da epidemia.

"Isso não é algo que fazemos frequentemente. É positivo aumentar o déficit fiscal quando é questão de curar as pessoas", afirmou Lagarde em entrevista coletiva no início da assembleia anual do FMI e do Banco Mundial (BM).

Serra Leoa, Guiné e Libéria, os países mais castigados pelo ebola, contam atualmente com programas de assistência financeira em andamento por parte do FMI com o objetivo de estabilizar suas contas públicas e nos quais se inclui a necessidade de reduzir seus desequilíbrios fiscais.

O fundo é caracterizado por exigir em seus programas disciplina fiscal para canalizar o déficit, por isso caracterizou a situação atual na África Ocidental como excepcional.

Lagarde se mostrou disposta a aumentar a assistência aos países afetados, para os quais o fundo já aprovou uma ajuda de emergência de US$ 130 milhões.

Acompanhe tudo sobre:Christine LagardeDoençasEbolaEconomistasEpidemiasFMI

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto