Economia

FMI alerta que recuperação judicial pode triplicar entre PMEs

Uma análise de 17 países feita pelo Fundo sugere que os pedidos podem subir para 12% comparados com 4% antes da pandemia

Kristalina Georgieva, diretora-executiva do FMI (Andrew Harrer/Bloomberg)

Kristalina Georgieva, diretora-executiva do FMI (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Bloomberg

Publicado em 18 de julho de 2020 às 08h01.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que a taxa de pedidos de recuperação judicial de pequenas e médias empresas pode triplicar neste ano se não houver apoio suficiente dos governos, ameaçando paralisar a recuperação econômica e causar instabilidade financeira.

Uma análise de 17 países feita pela equipe do Fundo sugere que os pedidos de recuperação judicial de empresas podem subir para 12% comparados com 4% antes da pandemia, disse o FMI em relatório divulgado na quinta-feira. A Itália registraria o maior aumento devido à grande queda da demanda agregada e alta participação da produção em setores de contato intensivo. Considerando o G-20 como um todo, o alívio fiscal e das contribuições de previdência social, ajudas e subsídios de juros têm desempenhado papel relevante, disse o FMI.

A taxa média de recuperação judicial no setor de serviços em um país médio pode subir mais de 20 pontos percentuais nos segmentos de administração, artes, entretenimento e recreação e educação. Atividades essenciais como agricultura, água e resíduos registrariam um pequeno crescimento dos processos de recuperação judicial, afirmou o FMI.]

Mais de um terço das pequenas empresas no Canadá, Coreia do Sul, Reino Unido e EUA se preocupam com sua viabilidade ou esperam fechar permanentemente ao longo do próximo ano, segundo o FMI. Embora os custos fiscais do suporte às empresas sejam significativos e os níveis crescentes de dívida preocupem muito, os custos de uma retirada prematura são maiores do que o custo do suporte contínuo onde seja necessário, disse Kristalina Georgieva, diretora-gerente do FMI, em publicação de blog sobre o tema.

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