Economia

FMI afirma que não recomendou imposto sobre patrimônio

"Não estamos recomendando um imposto sobre o patrimônio, é um trabalho analítico", disse o porta-voz do FMI, Bill Murray em uma coletiva de imprensa


	Sede do FMI: FMI disse que "parece existir oportunidade em muitas economias avançadas para arrecadar mais receitas no topo da distribuição de renda"
 (Mandel Ngan/AFP)

Sede do FMI: FMI disse que "parece existir oportunidade em muitas economias avançadas para arrecadar mais receitas no topo da distribuição de renda" (Mandel Ngan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 15h33.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) negou nesta quinta-feira que tenha apoiado um imposto sobre os mais ricos para reduzir os déficits públicos, como sugere um relatório recente do Fundo.

"Não estamos recomendando um imposto sobre o patrimônio, é um trabalho analítico", disse o porta-voz do FMI, Bill Murray em uma coletiva de imprensa.

Em um relatório divulgado no começo de outubro, o FMI disse que as economias avançadas parecem ter espaço para obter mais receitas aumentando os impostos aos mais ricos, observando que uma alta dos impostos de 10% em 15 países membros da zona do euro permitiria que eles reduzissem seus déficits a níveis pré-crise.

A sugestão, dentro do relatório Monitor Fiscal do FMI, desencadeou uma enxurrada de comentários, com algumas pessoas vendo uma grande mudança na política de austeridade e outras acusando o Fundo de apoiar uma política de "Robin Wood".

Murray procurou conter o debate. "Isso é uma sugestão da equipe de análise, não é uma política do Fundo", disse ele.

No relatório, o FMI disse que "parece existir oportunidade em muitas economias avançadas para arrecadar mais receitas no topo da distribuição de renda", citando grandes cortes nas taxas superiores desde o começo dos anos 80.

De acordo com suas estimativas, taxar os ricos, memo com as taxas da década de 80 traria receitas fiscais equivalentes a 0,25% da produção econômica.

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