Mercados emergentes excluindo a China deverão receber entradas de 70 bilhões de dólares, quase o dobro do ritmo de 2016 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Reuters
Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 11h20.
Nova York - O fluxo de capital para os mercados emergentes será negativo em 2017 pelo quarto ano consecutivo, pressionado pelas consideráveis saídas de capital da China, disse o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) em um relatório divulgado nesta quinta-feira.
O IIF estima que seu grupo de 25 economias emergentes registrará um total de 490 bilhões de dólares em saída de capital neste ano.
A China deverá ter cerca de 1 trilhão de dólares em saídas de capital de residentes, incluindo erros e omissões, e 560 bilhões de dólares em saídas líquidas de capital.
Os mercados emergentes excluindo a China deverão receber entradas de 70 bilhões de dólares, quase o dobro do ritmo de 2016.
"Embora projetemos uma ligeira alta no fluxo de capital em 2017, os riscos políticos e a potencial deterioração do ambiente global nos deixam cautelosos", disse o diretor executivo do IIF, Hung Tran.
A expectativa para o fluxo negativo de capital no geral nos mercados emergentes baseia-se, em grande parte, em expectativas reduzidas de investimento direto estrangeiro e investimento em carteira de ações.
Os fluxos de investimento direto estrangeiro para os mercados emergentes devem cair para o nível mais baixo desde a crise financeira, segundo o IIF.