Economia

Fluxo cambial fecha novembro com déficit de R$3,5 bi

Resultado é o pior desempenho desde dezembro de 2013, informou o Banco Central nesta quarta-feira


	Dinheiro: conta comercial apresentou saldo negativo de 1,358 bilhão de dólares
 (Bruno Domingos/Reuters)

Dinheiro: conta comercial apresentou saldo negativo de 1,358 bilhão de dólares (Bruno Domingos/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2014 às 12h47.

São Paulo - O fluxo cambial, entrada e saída de moeda estrangeira do país, fechou novembro com saldo negativo de 3,507 bilhões de dólares dólares, pior desempenho desde dezembro de 2013, informou o Banco Central nesta quarta-feira, puxado pelos déficits tanto da conta comercial quanto da conta financeira.

No período, a conta comercial apresentou saldo negativo de 1,358 bilhão de dólares. Já a conta financeira --por onde passam os investimentos estrangeiros diretos, em portfólio, entre outros-- teve déficit de 2,149 bilhões de dólares.

O resultado vem após o superávit de 6,927 bilhões de dólares em outubro, melhor em mais de um ano e representa o maior saldo negativo desde dezembro de 2013, quando houve déficit de 8,78 bilhões de dólares.

Apenas na semana passada, o fluxo cambial ficou negativo em 569 milhões de dólares, influenciado sobretudo pelo desempenho da conta financeira, que perdeu 406 milhões de dólares.

O dólar cravou em novembro a terceira alta mensal consecutiva, em um mês marcado pela volatilidade, acumulando ganhos de quase 15 por cento nesse período. Só no mês passado, a valorização foi de 3,75 por cento.

A divisa abriu o mês em firme trajetória de alta, no embalo do mau humor dos investidores com a reeleição da presidente Dilma Rousseff, mas reduziu os ganhos na segunda metade do mês devido a expectativas de uma equipe econômica mais favorável aos mercados.

A atenção dos investidores está voltada agora para o futuro do programa de intervenção cambial do Banco Central e para quais ações concretas serão adotadas pela equipe econômica para enfrentar o quadro de inflação alta e crescimento baixo.

Nesta sessão, o dólar recuava ante o real, com investidores se antecipando à possível aceleração do aperto monetário conduzido pelo Banco Central após o fechamento dos negócios, o que pode atrair mais recursos externos para o mercado doméstico.

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