Banco Central alegou falha em computações estatísticas (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de janeiro de 2023 às 14h02.
Última atualização em 27 de janeiro de 2023 às 14h29.
O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, disse nesta quinta-feira, 26, que foi necessária uma revisão extraordinária das estatísticas do mercado de câmbio contratado devido a um erro da autoridade monetária na apuração desses dados desde outubro de 2021. Segundo ele, esse problema se concentrou nos dados referentes às importações. Com isso, o fluxo cambial total de 2022 passou de entrada de US$ 9,574 bilhões para saída de US$ 3,233 bilhões.
"Pedimos desculpas por essa falha na compilação das estatísticas. Identificamos esse erro, levantamos as causas, revimos os procedimentos e agora fizemos essa revisão", afirmou Rocha. "Para 2021, o erro foi menor, concentrado nos últimos três meses, mas em 2022 atingiu todo o ano", completou.
Segundo Rocha, o erro em 2021 no fluxo cambial fez o total de importações passar de US$ 215,4 bilhões para US$ 217,2 bilhões. Para 2022, a revisão no fluxo de importações foi de US$ 238,1 bilhões para US$ 250,9 bilhões. "Praticamente US$ 1 bilhão por mês", destacou.
Rocha informou ainda que a divulgação do fluxo passará por mudanças relacionadas à mudança na lei cambial.
"As operações abaixo de US$ 50 mil poderão ser informadas a BC em até cinco dias úteis após fim do mês. Essas operações representam cerca de 3% do total", apontou Rocha. "Com isso, a divulgação final de dados mensais ocorrerá na terceira semana do mês subsequente", informou.