Economia

Fitch reafirma nota de crédito do Brasil e projeta crescimento do PIB em 3%

Agência de classificação de risco vê o País com reservas internacionais robustas e grande colchão de liquidez no Tesouro

Fitch: agência internacional de classificação de riscos (akub Porzycki/NurPhoto/Getty Images)

Fitch: agência internacional de classificação de riscos (akub Porzycki/NurPhoto/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 15 de dezembro de 2023 às 15h34.

A agência de classificação de risco Fitch reafirmou nesta sexta-feira, 15, o rating BB do Brasil e manteve a perspectiva estável. Em julho, a classificadora havia elevado a nota em um grau.

Para a Fitch, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou grande pragmatismo político neste primeiro ano, "abstendo-se de grandes mudanças na estrutura monetária, promovendo medidas de aumento de receitas e defendendo maiores investimentos por parte de entidades estatais, mas não um regresso à agressiva política parafiscal do passado".

A Fitch vê o País com reservas internacionais robustas e grande colchão de liquidez no Tesouro. Além disso, elogia a taxa de câmbio flexível e a posição de credor externo líquido soberano. Mas pontua que a nota é limitada pelo fraco potencial de crescimento econômico, problemas de governança, relação dívida pública/PIB elevada e crescente e rigidez orçamentária.

A agência projeta que a dívida bruta do governo geral subirá para 74,6% do PIB em 2023, de 71,7% em 2022, e espera que a relação permaneça numa trajetória ascendente, aproximando-se de 80% até 2025, bem acima da mediana dos países com nota BB, de 53%.

O PIB do País deve ter expansão de 3,0%, embora a Fitch reconheça uma desaceleração no segundo semestre.

"O consumo permanece dinâmico, apoiado por um mercado de trabalho forte, mas o investimento tem vindo a cair, refletindo uma maior sensibilidade ao ambiente de taxas de juro elevadas. Esperamos que o crescimento modere para 1,5% em 2024, refletindo a continuação destas tendências e efeitos de base menos favoráveis, antes de regressar a um ritmo próximo da tendência, de 2,1%, em 2025", diz a classificadora.

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