Economia

Fitch espera desempenho estável para todos os Estados, menos RJ, MG e RS

Fitch comenta que, em 2016, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul declararam estado de calamidade financeira

Fitch: "Apesar de algumas melhoras no ano passado, esses Estados ainda não devem ser capazes de apresentar desempenhos fiscais equilibrados em 2018" (Joel Saget/AFP)

Fitch: "Apesar de algumas melhoras no ano passado, esses Estados ainda não devem ser capazes de apresentar desempenhos fiscais equilibrados em 2018" (Joel Saget/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de março de 2018 às 17h32.

São Paulo - A agência de classificação de risco Fitch disse esperar um desempenho estável para a maioria dos Estados brasileiros, com exceção de Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

"Apesar de algumas melhoras no ano passado, esses Estados ainda não devem ser capazes de apresentar desempenhos fiscais equilibrados em 2018, exigindo ajustes adicionais", afirmou a agência.

Em comunicado divulgado nesta terça-feira, 27, a Fitch comenta que, em 2016, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul declararam estado de calamidade financeira, com o Rio sendo o primeiro a assinar um acordo de recuperação com o governo federal.

"Com poucas exceções, os Estados aumentaram prudentemente as posições de caixa em 15,2% em 2017, cobrindo, assim, cerca de 23% dos gastos anuais com pessoal", o que, de acordo com a Fitch, é semelhante à proporção apresentada em 2014, quando a crise econômica começou a se intensificar.

A agência também observa que "a estrutura de gastos é bastante rígida", especialmente nos pagamentos relacionados à previdência, os quais, segundo a Fitch, "vêm consumindo uma parcela crescente das receitas tributárias".

Acompanhe tudo sobre:Agências de ratingFitchMinas GeraisRatingRio de JaneiroRio Grande do Sul

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo