Economia

Fipe prevê aumento da inflação este mês na cidade de São Paulo

Entidade acredita que alimentos podem puxar uma alta até o fim do ano, mas não prevê subida elevada dos preços

Os preços de alimentação devem subir, acredita a Fipe (Divulgação Grupo Zaffari)

Os preços de alimentação devem subir, acredita a Fipe (Divulgação Grupo Zaffari)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 13h56.

São Paulo – A inflação deve aumentar na cidade de São Paulo neste mês, segundo os técnicos da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Eles projetam para outubro alta de 0,40% no Índice de Preços ao Consumidor (Fipe), o que representará, caso isso se confirme, acréscimo de 0,15 ponto percentual sobre setembro (0,25%). Já a taxa anual foi revisada de 6,20 para 6%.

“De agora até o final do ano, deveremos ter pressões vindas da sazonalidade natural que ocorre no grupo dos alimentos, mas nada muito significativo”, disse o coordenador adjunto da Fipe, Rafael Costa Lima.

A previsão é que em outubro os preços no grupo alimentação deverão subir de 0,37% (setembro) para 0,68%. No grupo habitação, a alta foi projetada em 0,44% ante 0,17%, já com efeito do aumento da conta de água ocorrido em 9 de setembro (6,83%).

Segundo Costa Lima, o resultado de 0,25% no IPC de setembro surpreendeu a entidade, que esperava um aumento mais expressivo, de 0,37%. De janeiro a setembro, o IPC teve elevação de 4,14% e, nos últimos 12 meses, de 6,54%.

Entre os motivos para o avanço mais modesto está o fato de as carnes não terem subido tanto como ocorre sempre em um período de entressafra, assinala Costa Lima. As carnes bovinas, por exemplo, aumentaram em 0,49% entre agosto e setembro.

Entre os itens que mais pressionaram a inflação em setembro estão o frango (3,86%); planos de saúde (0,98%); leite tipo longa vida (3,01%); conta e recarga do telefone celular (l,75%) e etanol (3,40%).

Pelos cálculos da Fipe, a relação do preço do litro de álcool combustível sobre a gasolina fechou o mês de setembro com 70,59%, com a maior taxa desde setembro de 2006, quando havia ficado em 50,51%. Sempre que ultrapassa a barreira dos 70% o consumo do álcool é considerado desvantajoso, segundo especialistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

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