Economia

Fipe mantém projeção de 0,98% para IPC do mês

As pesquisas quadrissemanais do instituto têm confirmado as expectativas traçadas desde o começo do mês


	Consumidora escolhe tomates em feira: entre os destaques por grupo, a Alimentação voltou a gerar o maior impacto para a inflação
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Consumidora escolhe tomates em feira: entre os destaques por grupo, a Alimentação voltou a gerar o maior impacto para a inflação (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 13h26.

São Paulo - A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) manteve, nesta segunda-feira, 20, em 0,98% a projeção para a inflação de janeiro na cidade de São Paulo.

Em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Rafael Costa Lima, disse que a manutenção foi realizada porque as pesquisas quadrissemanais do instituto têm confirmado as expectativas traçadas desde o começo do mês. "As sazonalidades estão batendo com nossas previsões", comentou.

Na segunda quadrissemana de janeiro, por exemplo, a taxa do IPC foi de 0,83%, exatamente o resultado projetado pela Fipe. O número anunciado nesta segunda-feira representou uma aceleração de 0,09 ponto porcentual ante a taxa de 0,74% da primeira leitura do mês.

Também ficou dentro do intervalo de expectativas coletadas pelo AE Projeções com os economistas do mercado, já que eles aguardavam inflação de 0,65% a 0,87%, com mediana de 0,80%.

Entre os destaques por grupo, a Alimentação voltou a gerar o maior impacto para a inflação. Entre a primeira e a segunda quadrissemana, a alta do conjunto de preços passou de 0,81% para 0,97% e representou 0,22 ponto porcentual (26,82%) de todo o IPC da Fipe, com maior influência da aceleração do avanço dos subgrupos Produtos In Natura (de 2,14% para 3,34%) e Industrializados (de 0,81% para 0,82%).

Outro destaque, motivado principalmente pelas altas dos cigarros (5,92%) e da passagem aérea (7,73%) ficou por conta do grupo Despesas Pessoas, cuja elevação passou de 1,15% para 1,51% e a representação na inflação geral foi de 0,18 ponto porcentual (21,65%).


Também o grupo Educação, em virtude dos reajustes nas mensalidades escolares, está ganhando terreno a cada divulgação da Fipe: entre a primeira e a segunda quadrissemana a variação positiva deste conjunto de preços passou de 1,21% para 2,98%.

Para Costa Lima, a Educação tende a chegar, no fim de janeiro, a uma alta de 6,66%, enquanto a Alimentação deverá fechar o mês com um avanço de 0,93%. A parte de Despesas Pessoais, por sua vez, tem previsão da Fipe de elevação de 1,99%.

A despeito de todas as pressões que janeiro vem confirmando, o coordenador do IPC chamou a atenção para a forte possibilidade de a inflação paulistana ter, no primeiro mês de 2014, uma taxa menos expressiva que a de janeiro de 2013, quando o resultado foi de 1,15%.

"Se a projeção se confirmar, o número seria bem menor que o do mesmo período do ano passado, quando tivemos uma pressão maior dos preços dos alimentos", comentou.

Com esta possibilidade, o resultado do IPC no acumulado de 12 meses também tende ser favorecido. Para Costa Lima, com uma taxa de 0,98% confirmada para o janeiro de 2014, o índice acumulado poderia chegar a um nível em torno de 3,70% ante a taxa de 3,88% de dezembro de 2013.

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