Economia

Fipe eleva projeção do IPC de agosto para 0,42%

A inflação na cidade de São Paulo era projetada em 0,38% antes

A revisão foi feita porque o indicador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas vem captando uma pressão maior do grupo Alimentação (Pedro Zambarda/EXAME.com)

A revisão foi feita porque o indicador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas vem captando uma pressão maior do grupo Alimentação (Pedro Zambarda/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2011 às 14h00.

São Paulo - O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Antonio Evaldo Comune, elevou hoje, de 0,38% para 0,42%, a projeção para a inflação do fim de agosto na cidade de São Paulo. Em entrevista à Agência Estado, ele disse que a revisão foi feita porque o indicador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) vem captando uma pressão maior do grupo Alimentação, que deve, segundo a Fipe, encerrar o mês com alta de 0,98%.

"A razão principal para a alteração é a Alimentação, que está retomando uma recuperação dos preços um pouco antes do que de costume", comentou Comune. "Mas o comportamento da inflação não é nada de espetacular, já que o IPC da Fipe está ficando dentro da expectativa do mercado financeiro e o resultado esperado para o mês não muda em nada a perspectiva anual", destacou o coordenador, que trabalha com uma projeção de taxa de 6,2% para a inflação paulistana de 2011.

Hoje, a Fipe informou que o IPC da terceira quadrissemana de agosto subiu 0,44%, ante alta de 0,41% observada na segunda medição do mês. O resultado ficou ligeiramente acima da projeção de Comune, que era de 0,40% para o período, mas ficou dentro do intervalo de expectativas dos economistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado, que esperavam alta de 0,39% a 0,48%.

O grupo Alimentação foi o grande responsável pela inflação do período, já que apresentou alta de 0,81% na terceira quadrissemana ante avanço de 0,57% na segunda leitura do mês. De acordo com a Fipe, o conjunto de preços respondeu sozinho por 0,19 ponto porcentual da taxa geral de 0,44% do IPC.

Os destaques do grupo no período foram as altas dos preços dos itens frango (4,68%) e arroz (2,95%). Também mereceu a atenção o comportamento dos preços dos alimentos in natura, que deixaram o terreno de quedas (-0,96% na segunda quadrissemana) e ingressaram para o campo de altas (0,09% na terceira quadrissemana). Neste subgrupo, as pressão maior está sendo gerada pelos segmentos de Frutas, cuja alta foi de 2,21%, e de Legumes, com avanço de 3,82%.

Quanto aos demais grupos da Fipe, Comune disse que não há grandes surpresas em agosto. Para a Habitação, que teve alta de 0,40% na terceira quadrissemana, ele projeta uma variação positiva menor, de 0,29%, para o fechamento do mês. Para Transportes, que subiu 0,08%, previu elevação de 0,10%; para o grupo Despesas Pessoas, que caiu 0,06%, estimou recuo de 0,14%; para Saúde, que avançou 0,63%, projetou alta de 0,71%. Quanto ao grupo Vestuário, que subiu 1,24%, previu aumento menor, de 0,99%, para o fechamento de agosto. Para a Educação, que mostrou variação positiva de 0,12%, projetou uma alta de apenas 0,03%.

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