Etanol: entre agosto e setembro, a moagem de cana-de-açúcar tende a perder ritmo (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2014 às 16h30.
São Paulo - A relação entre o preço do etanol e o da gasolina acelerou para 66,24% na primeira semana de julho na cidade de São Paulo, depois de atingir 64,71% na pesquisa anterior feita pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Na primeira semana do sétimo mês de 2013, essa equivalência era de 65,13%.
Apesar da aceleração entre uma semana e outra, ainda segue vantajoso abastecer o carro com álcool combustível.
Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina.
A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder da gasolina. Entre 70% e 70,50%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.
De acordo com André Chagas, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na capital paulista, a tendência é de que as quedas nos preços do etanol e da gasolina diminuam o ritmo de baixa nas próximas pesquisas.
"A relação entre os dois combustíveis voltou a subir, mas deve continuar abaixo de 70%, devendo andar no atual patamar (perto de 66%) até meados de agosto", estimou.
Entre agosto e setembro, a moagem de cana-de-açúcar tende a começar a perder ritmo, devendo ser concluída entre novembro e dezembro, com algumas usinas operando até início de 2015.
No IPC-Fipe da primeira quadrissemana de julho (últimos 30 dias terminados na segunda-feira), os preços do etanol e da gasolina tiveram, pela ordem, recuos de 1,43% (ante -4,08%) e de 0,42% (de -0,62%).
O índice cheio, por sua vez, foi de 0,10% na primeira leitura do mês, após 0,04% no fim de junho.