Economia

Financiamentos de longo prazo caíram 58% em 2014, diz Anbima

O financiamento movimentou R$ 8,4 bilhões no ano, contra R$ 19,8 bilhões de 2013


	BNDES: a participação do banco também recuou
 (Vanderlei Almeida/AFP)

BNDES: a participação do banco também recuou (Vanderlei Almeida/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2015 às 13h18.

São Paulo - O volume de financiamentos de projetos de longo prazo para projetos de infraestrutura caiu 58% em 2014, movimentando R$ 8,4 bilhões no ano, contra R$ 19,8 bilhões de 2013, segundo informou a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais.

A participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) recuou nos financiamentos a projetos de longo prazo de 75,8% em 2013 para 57% no ano passado. A do mercado de capitais, por sua vez, subiu de 8,4% para 30%, maior porcentual desde 2010.

Apesar do resultado, o número de projetos financiados aumentou, chegando a 58, o maior desde 2011.

"Tiveram influência na queda do volume de financiamentos os eventos atípicos do ano, como a Copa do Mundo, as eleições e principalmente a crise política, a qual afetou particularmente os fechamentos de financiamentos do BNDES no último trimestre do ano - período no qual tipicamente se concentra o maior volume de financiamentos" comenta Sergio Heumann, coordenador do subcomitê de Financiamento de Projetos da Anbima.

Entre os principais projetos do ano se destacam o Aeroporto Internacional de Viracopos, com financiamento de R$ 1,8 bilhão, o Porto Sudeste, de R$$ 991 milhões, e Porto do Açu, financiado a R$ 750 milhões.

"O fato dos três maiores projetos serem de Transporte e Logística reflete a relevância que o setor tem ganhado desde 2010, apesar do setor de energia ainda receber o maior volume de financiamentos" disse Heumann.

Em 2014 também foram assinados 103 contratos de concessão. O número é o maior da série histórica, que havia atingido seu recorde em 2012, com 75 contratos. A estimativa de investimento dessas concessões é de R$ 63,8 bilhões.

"O volume de investimentos é bastante representativo e parte relevante desses investimentos tende a se transformar em financiamentos nos próximos anos", observou Heumann.

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