Economia

Financiamento garantirá lucratividade do etanol, diz Dilma

A presidente também foi questionada a respeito do retorno da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina


	Dilma: após ter feito desoneração de PIS e Cofins, governo estuda outras medidas, disse
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma: após ter feito desoneração de PIS e Cofins, governo estuda outras medidas, disse (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2014 às 15h33.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff afirmou na tarde desta quarta-feira, 6, que uma estrutura de financiamento "mais favorável" vai garantir a lucratividade do setor de etanol no Brasil.

Dilma destacou que, após ter feito a desoneração de PIS e Cofins, o governo estuda outras medidas, como a possibilidade de se ampliar de 25% para 27,5% a mistura do etanol na gasolina.

"Agora é fundamental perceber que o setor passou por uma crise, e que esse processo de crise está sendo absorvido sistematicamente. E obviamente acredito também que estruturas de financiamento mais favoráveis ao etanol vão garantir ampliação da lucratividade", afirmou a presidente, após participar de sabatina promovida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Cide

A presidente também foi questionada a respeito do retorno da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina.

"Eu acho que aumentar a Cide para qualquer setor impacta no que se chama arrecadação de tributos. Há que se justificar a Cide para qualquer coisa; acredito que a política em relação ao etanol tem de ser uma política bastante clara", respondeu.

A Cide, que incidia sobre a importação e a comercialização de petróleo e derivados, gás natural e álcool etílico combustível, foi zerada pelo governo federal como forma de compensar o reajuste nos preços da gasolina e do diesel.

A intenção era evitar que a alta chegasse até o bolso do consumidor. A Cide zerada, contudo, é uma das principais críticas do setor sucroalcooleiro ao governo, alegando que isso tira a competitividade do etanol.

"O etanol nosso de cana é um produto que tem competidor internacional, que é o etanol de milho americano. O etanol de cana terá de ser competitivo com o etanol de milho e a política do governo é ajudar nessa competitividade. Através do quê? Da contínua e sistemática adoção de tecnologias", disse a presidente.

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