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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - O setor automotivo deve enfrentar queda nas vendas com o fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) adotado durante a crise financeira internacional, que chegou ao país no final de 2008, mas depois se adequará.
A avaliação foi feita nesta quinta-feira (23) pelo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider. Para ele, o primeiro efeito após o fim da redução deve ocorrer no até o início de maio.
"Vai ter inicialmente uma queda e depois se acomoda ao ponto de mantermos nossas previsões de crescimento no ano de 8% em comparação ao ano anterior para o mercado interno", afirmou. Ele lembrou que essa taxa de crescimento representa um volume de mais 400 mil unidades. Em 2009, foram aproximadamente 2,950 milhões.
Jackson Schneider, que participou da reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, evitou falar de reajuste de preços com o fim do IPI, pois segundo ele o mercado automotivo ainda não apresentou os números relativos aos ajustes que, eventualmente, virão com a volta da carga tributária ao patamar anterior.
De acordo com ele, muitas concessionárias estão ainda com estoques formados com a carga reduzida e continuam fechando vendas com o benefício da redução do IPI, além de fazer promoções junto com as montadoras. O empresário demonstrou tranquilidade ao analisar as condições da economia.
"O grande motor são as próprias condições do Brasil, que poderá ter crescimento da economia acima de 6%, aumento de postos de trabalho, reforço de uma classe média ampliado, aumento de massa salarial e índice de confiança aumentado, com crédito ampliado".