Economia

Fim do espaço Schengen custaria € 470 bilhões em 10 anos

A reinstalação de controles nas fronteiras internas da Europa, um cenário cada vez mais temido, se traduziria em aumentos maciços de custos e preços


	Refugiados: eles envolveriam gastos de funcionários mais elevados para as empresas e também custos de armazenamento
 (Sakis Mitrolidis / AFP)

Refugiados: eles envolveriam gastos de funcionários mais elevados para as empresas e também custos de armazenamento (Sakis Mitrolidis / AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2016 às 09h21.

O fim do espaço europeu de livre circulação Schengen custaria ao menos 470 bilhões de euros em 10 anos aos países da União Europeia, e dezenas de bilhões a Estados Unidos e China, segundo um estudo alemão publicado nesta segunda-feira.

A reinstalação de controles nas fronteiras internas da Europa, um cenário cada vez mais temido diante das reações à crise dos migrantes, se traduziria em aumentos maciços de custos e preços, segundo este estudo realizado pelo instituto Prognos para a Fundação Bertelsmann.

O Prognos se dedicou a quantificar a perda de tempo que seria ocasionada pelos controles fronteiriços.

Eles envolveriam gastos de funcionários mais elevados para as empresas e também custos de armazenamento, na medida em que já não poderiam ocorrer entregas tão rápido quanto agora.

Em um cenário otimista, os custos de produção na UE aumentariam 1%, amputando 470 bilhões de euros ao PIB da UE em dez anos (2016-2025). Atualmente, o Produto Interno Bruto anual dos 28 ronda 15 bilhões de euros.

Os sobrecustos teriam um impacto fora da Europa, por meio da alta dos preços à importação.

O estudo contabiliza a carga para a economia americana em 91 bilhões de euros em dez anos, e em 95 bilhões para a China.

Em um cenário pessimista, no qual os custos de produção aumentariam em média 3%, o PIB da UE perderia 1,4 trilhão de euros.

"Se as fronteiras fossem reinstaladas, o crescimento, já fraco na Europa, sofreria ainda mais pressão", comentou Aart De Geus, presidente da Fundação Bertelsmann. "No fim, são os cidadãos que pagam a conta", estima.

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