Economia

Fim da crise requer cota de sacrifício do governo, diz Fiesp

O presidente da Fiesp disse que os caminhos para o país superar a crise econômica passam sobretudo pelo corte de gastos do governo


	Paulo Skaf: "o Brasil passa por um momento muito delicado. É um momento de crise política, misturado com crise econômica e caminhando para uma crise social"
 (Ayrton Vignola/Skaf 15/Divulgação)

Paulo Skaf: "o Brasil passa por um momento muito delicado. É um momento de crise política, misturado com crise econômica e caminhando para uma crise social" (Ayrton Vignola/Skaf 15/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2015 às 17h33.

São Paulo - O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, afirmou nesta segunda-feira, 16, que as lideranças do governo, os empresários e o Congresso devem buscar caminhos para que o País supere a crise econômica. E isso deve ocorrer sobretudo com corte de gastos pelo Poder Executivo.

"O Brasil passa por um momento muito delicado. É um momento de crise política, misturado com crise econômica e caminhando para uma crise social", destacou.

"E há ainda a escassez de água, energia, aumentos de preços por geração de termelétricas. São muitos problemas ao mesmo tempo. E precisamos encontrar caminhos para que essa travessia não custe muito caro para as pessoas e as empresas."

A Fiesp recebeu nesta manhã o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e no almoço o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Skaf destacou que o governo pode fazer mais para viabilizar saídas para a crise, especialmente com corte de despesas federais. "Recebemos o presidente da Câmara e debatemos com ele uma agenda sobre o que fazer nessa situação; buscar projetos de lei que interessem ao País", disse. "Recebemos o ministro da Fazenda. Temos conversado com as centrais dos trabalhadores. Estamos buscando uma solução. Estamos todos chateados, preocupadíssimos com essa situação. Mas isso é insuficiente", afirmou. Segundo o presidente da Fiesp, é necessário encontrar soluções para a crise, com menor impacto possível para os brasileiros.

"É fundamental que o governo dê sinais e faça um gesto", destacou, mesmo que isso não signifique conseguir um montante de recursos para viabilizar a meta de superávit primário, que é de 1,2% do PIB para 2015. "Mas que faça um gesto para que possa pedir o sacrifício dos outros. É muito difícil eu pedir o seu sacrifício se eu não fizer o meu primeiro."

Segundo Skaf, o Congresso também deve esperar a mesma cota de redução de gastos pelo Poder Executivo. "Então, o que esperamos da Câmara dos Deputados é que traduza essa sensação de toda a sociedade e faça com que as coisas caminhem nessa direção", acrescentou.

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