Economia

Fiesp: é quase impossível evitar que a indústria encolha

O nível de emprego na indústria paulista caiu 1,14% em abril (com ajuste sazonal) na comparação com março, segundo balanço divulgado hoje (15)

Apesar da previsão pessimista para o desempenho da indústria, Walter Sacca, diretor da Fiesp, ressaltou a mudança do cenário nas últimas semanas (Bia Parreiras)

Apesar da previsão pessimista para o desempenho da indústria, Walter Sacca, diretor da Fiesp, ressaltou a mudança do cenário nas últimas semanas (Bia Parreiras)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2012 às 16h48.

São Paulo – A indústria de transformação paulista não deve crescer este ano. Nem mesmo a estimativa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para o setor este ano, de estabilidade em relação ao ano passado, deve se confirmar. “Para indústria fechar conforme a nossa previsão - em zero - ela precisaria crescer 0,6% ao mês daqui até o fim do ano. Isso é quase uma missão impossível”, disse o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da entidade, Walter Sacca.

O nível de emprego na indústria paulista caiu 1,14% em abril (com ajuste sazonal) na comparação com março, segundo balanço divulgado hoje (15). Sem o ajuste, o crescimento fica em 0,55%, com criação de 14 mil vagas. Na comparação com abril do ano passado, houve queda de 3,16%, o que representa o fechamento de 85 mil vagas. No acumulado do ano, o nível de emprego ainda está positivo, com saldo de 18 mil novos postos, 0,69% a mais que no primeiro quadrimestre de 2011.

Apesar da previsão pessimista para o desempenho da indústria, Sacca ressaltou a mudança do cenário nas últimas semanas. “O câmbio pode não ser o ideal, mas já melhorou bastante. O juro pode não ser o ideal, mas já está bem melhor. Falta ainda outro ponto do tripé que a gente tem reclamado, que é a diminuição do custo Brasil, que seria o complemento para ajudar na competitividade”. De acordo com ele, as medidas adotadas pelo governo para reduzir juros e estimular a atividade só deverão ter reflexo maior na economia no início de 2013.

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