Economia

Fiesp e Contraf cobram mais rapidez no ritmo da queda dos juros

Skaf elogiou a decisão do Copom, mas ressaltou que é “preciso intensificar a redução dos juros”

Fiesp: queda da confiança  representa crescimento menor do setor (Bia Parreiras/VIAGEM E TURISMO)

Fiesp: queda da confiança representa crescimento menor do setor (Bia Parreiras/VIAGEM E TURISMO)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2011 às 19h55.

São Paulo - O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, defendeu hoje (19) que os juros devem continuar caindo no Brasil. Após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter anunciado a diminuição de 0,5% na taxa básica de juros (Selic), Skaf elogiou a decisão do Copom, mas ressaltou que é “preciso intensificar a redução dos juros”.

“Meio ponto percentual corresponde a uma economia de R$ 8,5 bilhões aos cofres públicos, valor suficiente para construir 10 mil escolas ou 150 mil casas populares. Por isso os juros precisam continuar caindo”, disse Skaf.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), por sua vez, considerou que o ritmo de queda da Selic é muito lento e que o Copom deveria ter mais ousadia e reduzir ainda mais os juros.

“É preciso ousar e acelerar o corte da Selic porque o Brasil ainda mantém o título de campeão mundial dos juros, o que freia o emprego, a produção e o desenvolvimento e somente incentiva a entrada de capital especulativo”, declarou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Cordeiro também defendeu que o Banco Central deveria ampliar sua atuação e fixar, além da meta de inflação, metas sociais, citando como exemplo o aumento do emprego e da renda dos trabalhadores. "Para isso, é fundamental ampliar o Conselho Monetário Nacional, de forma a contemplar a participação da sociedade civil organizada na discussão dos rumos da economia", disse.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCopomJurosMercado financeiro

Mais de Economia

“Qualquer coisa acima de R$ 5,70 é caro e eu não compraria”, diz Haddad sobre o preço do dólar

“Não acredito em dominância fiscal e política monetária fará efeito sobre a inflação”, diz Haddad

China alcança meta de crescimento econômico com PIB de 5% em 2024

China anuncia crescimento de 5% do PIB em 2024 e autoridades veem 'dificuldades e desafios'