Economia

Demissões em setembro contrariam tendência, diz Fiesp

Diretor do Depecon da Fiesp prevê que, independentemente do resultado da eleição, 2014 será um ano "muito negativo" para o emprego industrial


	Trabalhador da indústria: em setembro, a indústria paulista teve um saldo de seis mil demissões
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Trabalhador da indústria: em setembro, a indústria paulista teve um saldo de seis mil demissões (Marcos Issa/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2014 às 16h43.

São Paulo - Embora o número de demissões na indústria paulista em setembro tenha sido menor do que em agosto, o resultado do mês passado tem um "significado diferente", pois contraria a tendência do setor de contratar nesse período, avaliou nesta quarta-feira, 15, o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini.

Ele prevê que, independentemente do resultado da eleição, 2014 será um ano "muito negativo" para o emprego industrial.

Em setembro, a indústria paulista teve um saldo de seis mil demissões, ante 15 mil registradas em agosto.

Com o resultado, o nível de emprego da indústria de São Paulo caiu 0,34% na comparação com agosto, na série com ajuste sazonal, e 0,24% na série sem ajuste sazonal.

Já em relação a setembro do ano passado, o nível de emprego da indústria paulista recuou 4,32%.

Com isso, no acumulado do ano até o mês passado, o setor apresenta queda de 1,44% do nível de emprego.

"O ano é muito atípico, primeiro porque existe um decréscimo da indústria de transformação que foi muito além do projetado inclusive por nós. E, segundo, pelo fato político que ele carrega", avaliou o diretor do Depecon da Fiesp, em nota enviada à imprensa.

Dado esse cenário político incerto, Francini avalia como uma tarefa "complexa" projetar o futuro para o setor.

Acompanhe tudo sobre:DemissõesDesempregoFiespgestao-de-negociosMercado de trabalho

Mais de Economia

Câmara aprova projeto do governo que busca baratear custo de crédito

BB Recebe R$ 2 Bi da Alemanha e Itália para Amazônia e reconstrução do RS

Arcabouço não estabiliza dívida e Brasil precisa ousar para melhorar fiscal, diz Ana Paula Vescovi

Benefícios tributários deveriam ser incluídos na discussão de corte de despesas, diz Felipe Salto