Economia

FGV projeta queda de 1% no investimento no 3º trimestre

A queda do investimento no terceiro trimestre deste ano é decorrente, em parte, da greve da Receita Federal


	Informação é da Fundação Getúlio Vargas
 (Alexandre Battibugli/Info EXAME)

Informação é da Fundação Getúlio Vargas (Alexandre Battibugli/Info EXAME)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2012 às 14h17.

Rio de Janeiro - A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede o investimento realizado na economia, deve cair cerca de 1% no terceiro trimestre de 2012 ante o mesmo período imediatamente anterior, projeta a coordenadora técnica do Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), Silvia Matos. Para o quarto trimestre, embora sem um número ainda definido, a projeção é de crescimento, para que, ao fim de 2012, a FBCF feche em queda de 1,5% comparado a 2011.

"Estamos há um ano com o PIB (Produto Interno Bruto) muito fraco. Toda a agenda atual da Dilma está correta. Precisamos investir com inovação. Mas não tem jeito. Em um cenário de menor crescimento, todo mundo perde", ressaltou Silvia.

A queda do investimento no terceiro trimestre deste ano é decorrente, em parte, da greve da Receita Federal, que prejudicou a importação de máquinas e equipamentos. Além disso, prevalece um cenário econômico de crescimento moderado. "O investimento ainda está muito fraco. Percebemos alguma aceleração, mas não é nada exuberante", afirmou o economista do Ibre/FGV Aloísio Campelo.

Se há cautela quanto aos números deste ano, para 2013 a estimativa é de retomada do crescimento econômico. Mas as projeções da FGV não são tão otimistas quanto as do Banco Central, reveladas em seu relatório de inflação divulgado nesta quinta-feira (27). "Uma estimativa de inflação abaixo de 5% é muito otimista. É possível, mas não com um PIB tão pujante. O problema da economia brasileira é estrutural", argumenta Silvia.

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