Economia

Ferrovias e hidrovias são pouco exploradas, aponta IBGE

O modal rodoviário predomina na logística de transportes no território brasileiro, segundo a pesquisa


	Ferrovia: do total da carga transportada no Brasil, apenas 21% passaram por ferrovias
 (Bloomberg)

Ferrovia: do total da carga transportada no Brasil, apenas 21% passaram por ferrovias (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2014 às 12h46.

Rio - A distribuição de ferrovias e hidrovias é bem reduzida no País, com potencial muito pouco explorado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou hoje o mapa mural "Logística dos Transportes no Brasil".

O modal rodoviário predomina na logística de transportes no território brasileiro, com concentração maior na região Centro-sul, especialmente no Estado de São Paulo.

De acordo com o levantamento, a malha rodoviária só não predomina na região amazônica, onde destaca-se o transporte por vias fluviais devido à densa rede hidrográfica natural.

De acordo com a Confederação Nacional de Transportes (CNT), 61% de toda a carga transportada no Brasil em 2009 usou o modal rodoviário, enquanto 21% passaram por ferrovias, outros 14% pelas hidrovias e terminais portuários fluviais e marítimos e apenas 0,4% por via aérea.

Os principais eixos ferroviários são usados para o transporte das commodities, principalmente minério de ferro e grãos provenientes da agroindústria.

Algumas das ferrovias mais importantes são a Norte-Sul, que liga a região de Anápolis (GO) ao Porto de Itaqui, em São Luís (MA), transportando predominantemente soja e farelo de soja; a Estrada de Ferro Carajás, que liga a Serra dos Carajás (PA) ao Terminal Ponta da Madeira, em São Luís (MA), levando principalmente minério de ferro e manganês e a Estrada de Ferro Vitória-Minas, que carrega predominantemente minério de ferro para o Porto de Tubarão, na capital do Espírito Santo.

Assim como as ferrovias, as hidrovias são predominantemente utilizadas para transporte de commodities, como grãos e minérios, insumos agrícolas, petróleo e derivados.

O IBGE aponta que são produtos de baixo valor agregado, cuja produção e transporte em escala trazem competitividade.

A exceção é a região Norte, onde o transporte por pequenas embarcações de passageiros e cargas tem importância histórica e geográfica. Além das hidrovias do Solimões/Amazonas e do Madeira, a região depende muito de outros rios navegáveis para a circulação intrarregional.

Outras hidrovias importantes para o País são as do Tietê-Paraná e do Paraguai, para circulação de produtos agrícolas no Estado de São Paulo e da Região Centro-Oeste.

O levantamento usou dados do Ministério dos Transportes, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), da Infraero e da Receita Federal do Brasil.

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