Economia

Ferramentas têm que ser usadas para sustentar zona do euro

BCE oferecerá a bancos empréstimos de quatro anos para encorajá-los a emprestar para empresas e outros


	BCE: plano do banco deve gerar centenas de bilhões de euros de crédito novo
 (Kai Pfaffenbach/Reuters)

BCE: plano do banco deve gerar centenas de bilhões de euros de crédito novo (Kai Pfaffenbach/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 10h23.

Madri - Autoridades da zona do euro precisam usar todas as ferramentas disponíveis para sustentar a economia do bloco, disse o membro do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE) Benoit Coeure em entrevista concedida a um jornal espanhol publicada nesta quarta-feira.

"A zona do euro enfrenta riscos ao seu crescimento econômico numa escala tal que é necessário usar todas as ferramentas disponíveis para sustentar a economia", disse Coeure ao jornal Cinco Días. "E isso significar usar os instrumentos no lado da demanda e no lado da oferta". Coeure também indicou a possibilidade de usar a política fiscal para sustentar a economia "naqueles países que têm espaço para expandí-la"."Porém o mais importante são as reformas estruturais", acrescentou ele.

Em setembro e dezembro, o BCE oferecerá a bancos empréstimos de quatro anos para encorajá-los a emprestar para empresas e outros --um plano que deve gerar centenas de bilhões de euros de crédito novo.

No entanto, o banco evitou compras diretas de dívida soberana --medida conhecida como "quantitative easing" (QE)-- diferentemente do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, e do BC britânico.

"Queremos que haja liquidez suficiente e que os balanços patrimoniais dos bancos retornem aos níveis anteriores, e queremos fazer isso de modo que seja útil à economia. Por causa disso, não é o quantitative easing mas está condicionado e visa ajudar o fluxo de crédito", disse ele.

Acompanhe tudo sobre:BancosBCEEuropaFinançasUnião EuropeiaZona do Euro

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto