Economia

Federal Reserve volta a reduzir compras de bônus

Banco central apontou que economia americana se recuperou recentemente após "forte" desaceleração provocada pelo inverno rigoroso do país no primeiro trimestre


	Federal Reserve: com decisão, Fed passará a comprar mensalmente US$ 25 bilhões em Treasuries e US$ 20 bilhões em títulos lastreados a hipotecas
 (Karen Bleier/AFP)

Federal Reserve: com decisão, Fed passará a comprar mensalmente US$ 25 bilhões em Treasuries e US$ 20 bilhões em títulos lastreados a hipotecas (Karen Bleier/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2014 às 16h26.

São Paulo - O Federal Reserve afirmou que reduzirá suas compras mensais de bônus em mais US$ 10 bilhões, para US$ 45 bilhões, conforme o esperado pelo mercado, e não alterou sua linguagem de diretriz futura para os juros.

O banco central apontou ainda, no comunicado divulgado após sua reunião de política monetária, que a economia americana se recuperou recentemente após uma "forte" desaceleração provocada pelo inverno rigoroso do país no primeiro trimestre.

Com a decisão, o Fed passará a comprar mensalmente US$ 25 bilhões em Treasuries e US$ 20 bilhões em títulos lastreados a hipotecas (MBS, na sigla em inglês) - já tendo reduzido praticamente pela metade o seu programa de relaxamento quantitativo.

Os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) reiteraram que a redução das compras de ativos deve continuar, desde que a economia evolua conforme o esperado.

Todos os nove membros do Fomc votaram a favor da decisão, na segunda decisão unânime do banco este ano. Normalmente, o comitê tem 12 membros, mas o conselho do banco central está com três vagas no momento.

O comunicado manteve a mesma linguagem apresentada na reunião passada referente ao momento do primeiro aumento de juros.

O Fomc afirmou que pretende manter as taxas de juros próximas de zero "por um período considerável" após o fim das compras de bônus, mas não houve menção de um cronograma específico.

Para decidir quando começar a elevar os juros, os membros do Fed vão avaliar "uma ampla série" de indicadores econômicos do mercado de trabalho e da inflação, segundo o comunicado.

O comunicado foi divulgado pouco depois de o Departamento do Comércio informar que o Produto Interno Bruto (PIB) americano cresceu somente 0,1% nos primeiros três meses do ano.

Os membros do Fomc reconheceram que a desaceleração foi pior que a esperada ao dizerem que a atividade desacelerou fortemente. No comunicado anterior, eles citaram somente uma desaceleração.

Mesmo assim, o Fomc apontou sinais de recuperação na atividade econômica em março e abril, sugerindo que os membros do banco central não estão muito preocupados com a desaceleração.

O comunicado destaca que os gastos das famílias estão "crescendo mais rapidamente", mas salienta que o investimento das empresas vem caindo. Com informações da Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralBônusFed – Federal Reserve SystemJurosMercado financeiroSalários

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto