Economia

Fed mantém juros e define cenário para alta em dezembro

Banco central dos Estados Unidos manteve a taxa de juros inalterada, sinalizando que pode elevá-la em dezembro, após as eleições presidenciais

Fed: comitê indicou que a economia está se fortalecendo e que os preços estão subindo, sinalizando alta dos juros em dezembro (Kevin Lamarque/Reuters)

Fed: comitê indicou que a economia está se fortalecendo e que os preços estão subindo, sinalizando alta dos juros em dezembro (Kevin Lamarque/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de novembro de 2016 às 06h56.

Washington - O Federal Reserve, banco central norte-americano, manteve a taxa de juros nesta quarta-feira, em sua última decisão de política monetária antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, mas sinalizou fortemente que pode elevar a taxa em dezembro, com a economia ganhando fôlego e a inflação acelerando.

O comitê de definição da taxa de juros do Fed disse que a economia se fortaleceu e que os ganhos de emprego continuaram sólidos. Os formuladores de política da autoridade monetária também expressaram mais otimismo de que a inflação está se movendo na direção da sua meta de 2 por cento.

"O comitê julga que a hipótese de um aumento na taxa dos fundos federais continuou a se fortalecer, mas decidiu, por enquanto, esperar por mais evidências de progresso contínuo em direção a seus objetivos", disse o Fed em comunicado após a reunião de dois dias.

Isso sugere que a barra parece baixa para um aumento de taxa na última reunião de política do ano em meados de dezembro.

A crescente confiança do Fed de que os preços estão aumentando refletiu-se em sua visão de que "a inflação aumentou um pouco desde o início deste ano" e na remoção de referência anterior à inflação permanecendo baixa no curto prazo.

As presidentes do Fed de Kansas City, Esther George, e do Fed de Cleveland, Loretta Mester, divergiram da decisão desta quarta-feira em favor de uma alta imediata. Elas ficaram entre três integrantes do Fed que discordaram na última reunião.

O Fed mantém sua meta de empréstimos overnight entre bancos em uma faixa de 0,25 a 0,50 por cento desde dezembro passado, quando aumentou os custos de empréstimos pela primeira vez em quase uma década.

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