Economia

Fed deve aumentar juros nos EUA "em breve", diz minuta

Esse seria um claro sinal de que a alta deve acontecer no mês que vem, segundo analistas do mercado

Juros: decisão do banco central americano é resposta ao vigor econômico dos Estados Unidos e ao aumento da inflação no país (Christopher Furlong/Getty Images)

Juros: decisão do banco central americano é resposta ao vigor econômico dos Estados Unidos e ao aumento da inflação no país (Christopher Furlong/Getty Images)

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AFP

Publicado em 23 de maio de 2018 às 17h25.

O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve aumentar a taxa básica de juros "em breve", diante do vigor econômico do país e do aumento da inflação, revelou a instituição nesta quarta-feira (23).

Esse seria um claro sinal de que a alta deve acontecer no mês que vem, segundo analistas do mercado.

Contudo, o Fed vai continuar a se mover gradualmente, mesmo se a inflação ficar "modestamente" acima da meta de 2%, desde que essa alta seja "temporária", segundo as minutas da reunião de 1 e 2 de maio do Comitê de Política Monetária (FOMC).

"A maioria dos participantes" concordou que, se a economia seguir dentro do esperado, "provavelmente seria apropriado que o comitê dê outro passo", diz a minuta.

O Fed aumentou as taxas pela última vez em sua reunião de março. Foi a sexta alta desde dezembro de 2015, levando-as à faixa entre 1,50% e 1,75%.

São esperados pelo menos mais dois aumentos neste ano, mas os mercados procuram sinais de uma política econômica mais agressiva desde que a inflação começou a crescer, até chegar perto da meta de 2%.

A minuta confirma o conceito escrito no comunicado de 2 de maio, que afirma que a meta de inflação é "simétrica". Isso indica que o Fed não se preocuparia se os preços superem levemente o objetivo.

Autoridades alertaram que, mesmo com o recente aumento da inflação, "é prematuro concluir" que permanecerá nesses níveis, uma vez que os preços ficaram muito contidos nos últimos anos.

No entanto, alguns dizem que a inflação "excederá ligeiramente" a meta.

Contudo, "também foi advertido que um período de inflação modestamente acima de 2% será consistente com a meta de inflação simétrica" do FOMC, diz a ata.

Mesmo que a inflação fique acima da meta, por pouco tempo, isso "seria uma ajuda" para solidificar as expectativas de aumento de preços.

Esses dados são importantes na política monetária porque, se houver expectativas de que os preços vão cair, a atividade econômica pode enfraquecer.

O documento observa que na reunião de maio havia "uma série de pontos de vista" sobre quantas vezes o Fed deveria aumentar as taxas neste ano.

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