Economia

Fed descarta alta na taxa de juros nos próximos meses

Além disso, o banco central americano indicou que espera que a inflação progrida até a meta de 2% uma vez que deixe para trás fatores transitórios


	Fed: banco central informou que "a atividade econômica esteve se expandindo a um ritmo sólido"
 (Mark Wilson/Getty Images)

Fed: banco central informou que "a atividade econômica esteve se expandindo a um ritmo sólido" (Mark Wilson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 17h01.

Washington - O Federal Reserve (Fed, banco central americano) assegurou nesta quarta-feira que se manterá "paciente" perante a possibilidade de uma alta de taxas de juros de referência nos Estados Unidos, que mantém atualmente entre 0% e 0,25%, apesar de ressaltar o "sólido" crescimento mostrado pela economia nos últimos meses.

Além disso, o banco central americano indicou que espera que a inflação progrida até a meta de 2% uma vez que deixe para trás fatores transitórios.

Por isso, o Fed considera "que pode ser paciente no início da normalização da política monetária", segundo o comunicado do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) no fechamento de sua reunião de dois dias, a primeira do ano.

"Embora se antecipe que os preços desçam ainda mais no curto prazo, é provável que aumentem gradualmente no médio prazo", uma vez que comecem a se dissipar os efeitos da queda do preço do petróleo, detalhou o organismo.

O Fed acrescentou, além disso, que "a atividade econômica esteve se expandindo a um ritmo sólido" e ressaltou os "fortes lucros" no emprego, que deixaram a taxa de desemprego em 5,6% em dezembro, o nível mais baixo desde 2008.

O banco central americano conta com um duplo mandato de estabilidade de preços e fomento do pleno emprego.

Nesta ocasião, a decisão do organismo liderado por Janet Yellen contou com o respaldo unânime dos dez membros do Fomc.

Os analistas consideram que a alta de juros possa ser concretizada em meados de 2015, embora descartem que aconteça nas duas próximas reuniões do Fed de março e abril.

O banco central americano mantém as taxas de juros em níveis próximos a zero desde o final de 2008, para estimular a economia após a explosão da crise financeira.

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