Economia

Fed anuncia que vai começar a diminuir programa de estímulo

O banco central americano vai diminuir o ritmo de compras de títulos de US$ 85 bilhões para US$ 75 bilhões por mês a partir de janeiro


	O presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke
 (REUTERS/Gary Cameron)

O presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke (REUTERS/Gary Cameron)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 18 de dezembro de 2013 às 16h45.

São Paulo - O Federal Reserve acaba de anunciar que vai começar a diminuir o QE (quantitative easing), programa de compras de ativos para estimular a economia.

O ritmo de US$ 85 bilhões por mês será reduzido para US$ 75 bilhões a partir de janeiro.

O corte será de US$ 5 bilhões em títulos do Tesouro e US$ 5 bilhões em títulos hipotecários.

O comunicado do Fed destaca a melhora nas condições do mercado de trabalho e da economia em geral como motivos para a decisão.

A taxa de juros não foi modificada e só deve subir quando o desemprego cair abaixo de 6,5% e a inflação superar 2,5%. 

Com exceção de Eric S. Rosengreen, todos os outros 8 membros do conselho votaram a favor da decisão, incluindo Ben Bernanke, presidente do Fed, e Janet Yellen, que está prestes a se tornar a sua sucessora.

História

O programa de Quantitative Easing começou em novembro de 2008, no auge da crise financeira. Em junho deste ano, Bernanke disse que as condições econômicas haviam melhorado e que o programa poderia começar a ser reduzido até o final do ano.

Foi este um dos principais motivos por trás da queda das moedas dos países emergentes. O mercado esperava que a decisão viria em setembro, o que não aconteceu.

Os últimos dados de emprego nos Estados Unidos vieram melhores do que o esperado, dando força para a hipótese de que o Fed anunciaria o começo do fim do programa após o encontro de hoje.

Acompanhe tudo sobre:Ben BernankeEconomistasEstados Unidos (EUA)Fed – Federal Reserve SystemJanet YellenMercado financeiroPaíses ricosPersonalidades

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo