Economia

Fed amplia acesso a dólares com acordo de recompra a bancos centrais

Medida permite que autoridades monetárias com contas abertas no Fed de NY possam vender seus títulos para o BC dos Estados Unidos em troca de dólares

Fed: medida entra em vigor no dia 6 de abril e tem duração prevista de seis meses (Leah Millis/Reuters)

Fed: medida entra em vigor no dia 6 de abril e tem duração prevista de seis meses (Leah Millis/Reuters)

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Reuters

Publicado em 31 de março de 2020 às 10h39.

Última atualização em 1 de abril de 2020 às 01h58.

O Federal Reserve ampliou nesta terça-feira a capacidade de dezenas de bancos centrais estrangeiros acessarem a moeda norte-americana durante a crise do coronavírus, permitindo que troquem suas participações em Treasuries por empréstimos 'overnight' em dólar.

O novo programa "deve ajudar a apoiar o bom funcionamento do mercado de Treasuries, fornecendo uma fonte temporária alternativa de dólares que não seja a venda de títulos no mercado aberto", disse o banco central dos Estados Unidos, efetivamente dando aos BCs com moedas menos negociadas ou taxas de câmbio mais voláteis uma maneira de acessar o caixa do Fed.

Isso pode ser particularmente importante nas próximas semanas, pois as medidas para controlar a propagação do vírus estão fechando o comércio e potencialmente deixarão empresas e países que fazem negócios ou empréstimos na moeda norte-americana lutando para permanecer à tona.

O dólar é usado na maioria das transações comerciais e cambiais globais, e as autoridades financeiras das principais nações se comprometeram a ser flexíveis em responder à pandemia global.

Prevê-se que o programa esteja em execução em 6 de abril e durará pelo menos seis meses. O dólar enfraqueceu modestamente após o anúncio.

O Fed mantém linhas de swap permanentes com o Banco Central Europeu, o Banco do Japão e outros emissores das principais moedas. Em resposta à crise, abriu swaps com outros nove países, incluindo Austrália, México e Brasil. Nessas transações, as moedas estrangeiras são negociadas diretamente em dólares, o que é considerado relativamente livre de risco.

Por outro lado, as moedas emitidas por muitas das dezenas de bancos centrais do mundo costumam ser negociadas de maneira restrita e volátil, o que representa o risco de que eles possam mudar drasticamente de valor durante o swap.

 

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