Economia

FecomercioSP: medidas 'maquiam' problemas de produção

Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, as medidas do governo Dilma não resolvem o problema da indústria

Para a FecomercioSP, as medidas não trarão vantagens significativas que permitam ampliar a competitividade do país (Arquivo)

Para a FecomercioSP, as medidas não trarão vantagens significativas que permitam ampliar a competitividade do país (Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2012 às 13h58.

São Paulo - O pacote de estímulo à indústria anunciado nesta terça-feira pelo governo federal apenas "maquia" os problemas causados pelo tamanho do Estado e pelo peso da carga tributária sobre a produção brasileira. A opinião é dos dirigentes da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que distribuiu nota à imprensa. Para a FecomercioSP, as medidas não trarão vantagens significativas que permitam ampliar a competitividade do país.

"A FecomercioSP acredita que o pacote é uma junção de medidas pontuais que respondem somente à demanda e à pressão de um setor específico, o industrial, sem resultar em melhoras efetivas para a economia nacional", afirma, na nota.

Para a Federação, as elevações do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre Importação são formas de reservar mercado para setores específicos e resultam em diminuição dos esforços em pesquisa e desenvolvimento, perda de competitividade e prejuízo para o consumidor.

Além disso, a Federação teme que o Brasil se indisponha com parceiros comerciais e se torne alvo de reclamações na Organização Mundial do Comércio (OMC). "A melhor maneira para estimular o consumo de produtos nacionais é reduzir a carga tributária do produto nacional", receitou a federação.

Como ponto positivo, a FecomercioSP elogia a desoneração da folha de pagamento, "que tem potencial para gerar ainda mais empregos e aquecer a economia". Mas alerta para o fato de que essa medida só terá a eficácia que o governo deseja se setor industrial não se apoderar desse benefício, passando a contar com uma margem de lucro maior. "O governo terá de acompanhar os efeitos e a atuação dos beneficiários", diz a nota.

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