Consumidora conta moedas e notas de real em feira: no primeiro mês de 2014, a inflação foi de 0,52% e, em fevereiro de 2013, 0,63% (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 28 de março de 2014 às 20h11.
São Paulo - Os moradores da Grande São Paulo desembolsaram 1,05% mais dinheiro por bens e serviços em fevereiro, na comparação com janeiro. Essa é a maior variação mensal do custo de vida na região metropolitana desde o início da série histórica, em dezembro de 2010. No primeiro mês de 2014, a inflação foi de 0,52% e, em fevereiro de 2013, 0,63%. Os dados são da pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que avalia 247 itens de consumo.
Os grupos Educação, Alimentos e Bebidas, e Saúde tiveram as maiores altas: 6,79%, 1,36% e 0,87%, respectivamente. Também houve aumento nos preços de Artigos do Lar (0,74%), Habitação (0,58%), Transporte (0,44%) e Despesas Pessoais (0,29%). O grupo vestuário foi o único a registrar deflação, de 0,24%. Conforme a CVCS, a inflação foi maior para as faixas de renda A (1,18%) e B (1,37%). O custo de vida dos consumidores das classes C, D e E variou 1%, 0,66% e 0,6%, nessa ordem.
Serviços
A pressão inflacionária no setor de serviços foi mais intensa que a dos produtos. O Índice de Preços de Serviços (IPS), que integra a CVCS, foi quase dez vezes maior em fevereiro, 1,4% ante 0,15% registrado em janeiro. O grupo Educação, com 7,26% de aumento, liderou a alta.
A inflação medida no varejo pelo subindicador Índice de Preços do Varejo (IPV) cresceu 0,71% em fevereiro, menos que 0,87% de janeiro e 0,9% de dezembro passado. Essa tendência de desaceleração, porém, não indica que o comportamento de baixa se manterá nos meses seguintes, afirmou a FecomercioSP. As maiores taxas ocorreram nos grupos Alimentação e Bebidas e Transportes: 0,98% e 0,92%, respectivamente.
Para os próximos meses, sobretudo em abril, a FecomercioSP estima incremento nos preços do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, com o reajuste anual dos medicamentos. Também deve haver maior inflação nos Alimentos, devido à estiagem nas lavouras, e em Habitação, dada a possibilidade de acréscimos nas tarifas de energia elétrica.