Economia

Fecomercio: manutenção da Selic em 7,25% foi acertada

Entidade lida com perspectiva de aumento da taxa em 2013


	Alexandre Tombini, presidente do Banco Central: a manutenção da Selic em 7,25% ao ano é coerente com o cenário econômico internacional turbulento, afirmou a Fecomercio
 (José Cruz/ABr)

Alexandre Tombini, presidente do Banco Central: a manutenção da Selic em 7,25% ao ano é coerente com o cenário econômico internacional turbulento, afirmou a Fecomercio (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2012 às 19h55.

São Paulo - A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) afirma que a decisão do Banco Central (BC) em manter a Selic em 7,25% ao ano é "acertada". Para a entidade, essa é a ação mais razoável no momento, uma vez que não haveria mais espaço para a redução de juros enquanto a inflação permanecer acima da meta, de 4,5%.

"As turbulências no cenário internacional somadas ao dólar pressionado com patamares próximos a R$ 2,10 corroboram para a coerência da manutenção da taxa básica de juros em 7,25% no atual cenário econômico", diz nota da entidade distribuída na noite desta quarta-feira.

A FecomercioSP ponderou, no entanto, que a situação do BC não é "das mais simples" já que terá de lidar com a necessidade simultânea de manter o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) controlado, reduzir o custo da dívida e estimular a economia do País, que cresce em ritmo lento.

A partir desse cenário, a expectativa da entidade é que o Banco Central não poderá mais reduzir a Selic e acredita que a taxa básica de juros tenha de subir em 2013. A FecomercioSP projeta que a Selic atinja o patamar entre 8,5% e 9% em 2013.


ACSP

Já o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Rogério Amato, esperava que Copom anunciasse um corte na taxa Selic, em vez da manutenção em 7,25% ao ano.

"A decisão do Copom de manter inalterada a taxa Selic está de acordo com as expectativas do mercado. Considerando-se, no entanto, o nível de atividade, embora com sinais de recuperação, acredito que ainda poderia ter havido um corte de pelo menos 0,25 ponto porcentual na taxa básica", diz nota distribuída à imprensa.

Na nota, a entidade ponderou que o Banco Central monitora continuamente o mercado e disse acreditar que "novas medidas serão adotadas se não houver a esperada reativação da economia".

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