Economia

Fecomercio: intenção de consumo das famílias sobe 3,1%

Dados apontam para a primeira importante elevação deste ano

De dezembro do ano passado a maio de 2011, indicador apresentou queda de 9,3% (Getty Images)

De dezembro do ano passado a maio de 2011, indicador apresentou queda de 9,3% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2011 às 17h55.

São Paulo - A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou alta de 3,1% em junho na comparação com o mês anterior, de acordo com levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio). O indicador alcançou 137,6 pontos, número próximo ao de junho de 2010, quando atingiu 137,3. Segundo a Fecomercio, os dados apontam para a primeira importante elevação este ano e demonstram que as famílias paulistas estão satisfeitas com suas condições financeiras.

A variação positiva do índice em junho, de acordo com a Fecomercio, mostra um ajuste natural de satisfação das famílias paulistas, já que, de dezembro de 2010 a maio deste ano, o indicador apresentou forte queda de 9,3%. Em relação aos resultados semestrais, houve redução de 2,1% da média de pontos do primeiro semestre deste ano contra o segundo semestre de 2010. De acordo com a pesquisa, as razões para essa retração no primeiro semestre são a pressão dos preços e o encarecimento do crédito.

O item Renda Atual teve queda de 2% e o Acesso a Crédito, de 4,5%. A retração também foi sentida nos itens Nível de Consumo Atual e Perspectiva de Consumo, com quedas de 7,8% e 6,2%, respectivamente. Por outro lado, registraram elevação de 1,3% e 3,2%, respectivamente, os itens Emprego Atual e Perspectiva Profissional. Os resultados, segundo a Fecomercio, mostram que o impacto no cenário de preços e juros mais caros é expressivo no bolso do consumidor, porém não atinge do mesmo modo sua situação profissional.

Apesar da variação positiva da ICF de 3,1% em junho, a Fecomercio alegou que o resultado "parece não ser uma reversão da tendência negativa prevista para os próximos meses, uma vez que as variáveis, inflação e a taxa de juros, continuam elevadas e influenciam o comportamento do consumidor".

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