Economia

Fechamento parcial do governo custou US$ 11 bilhões ao PIB dos EUA

A mais longa paralisação dos EUA afetou cerca de 800 mil funcionários e não conseguiu aprovar a construção do muro na fronteira com o México

Trump: grande parte do prejuízo será compensado com a reativação das operações do governo e que as perdas só serão de 3 bilhões de dólares (Alex Wong/Getty Images)

Trump: grande parte do prejuízo será compensado com a reativação das operações do governo e que as perdas só serão de 3 bilhões de dólares (Alex Wong/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 15h13.

O fechamento parcial da administração americana, que se estendeu por mais de um mês, custou ao PIB 11 bilhões de dólares, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira pelo Escritório de Orçamento do Congresso (CBO).

O informe indica, no entanto, que grande parte dessa quantia será compensada com a reativação das operações do governo e que as perdas só serão de 3 bilhões de dólares, equivalentes 0,02% do PIB, no balanço final.

O departamento alertou, no entanto, que há efeitos subjacentes para empresas e trabalhadores que são muito mais significativos.

"Entre as pessoas que experimentam os efeitos mais amplos e diretos estão os trabalhadores federais que enfrentam compensações com atrasos e entidades do setor privado que perderam negócios", diz o relatório, segundo o qual algumas dessas empresas nunca recuperarão essas rendas.

A paralisação orçamentária, que foi a mais longa da história dos Estados Unidos, afetou cerca de 800.000 trabalhadores, que tiveram que trabalhar sem salário, ou que foram obrigados a ficar de licença sem remuneração.

Depois de uma dura disputa coma oposição democrata, o presidente Donald Trump concordou na sexta-feira em encerrar o 'shutdown' parcial do governo, mantido desde 22 de dezembro por sua recusa em assinar o orçamento se não fossem incluídos fundos para construir um muro na cidade que faz fronteira com o México.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEstados Unidos (EUA)ImigraçãoMéxico

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto