O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, coordena reunião do Copom (Elza Fiúza/ABr)
Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2014 às 18h12.
São Paulo - Analistas do Departamento Econômico da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) destacam no calendário doméstico desta semana a reunião do Comitê de Política Monetária(Copom) e a expectativa de elevação da Selic pela maioria dos analistas do mercado devido à surpresa com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro. Segundo divulgou na sexta-feira, 10, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA de dezembro subiu 0,92% ante uma variação de 0,54% em novembro.
"Espera-se uma elevação da taxa, mas os analistas estaõ divididos entre as apostas de 0,25 e 0,50 ponto porcentual, especialmente após o IPCA de dezembro ter ficado acima das expectativas do mercado", escreveram os economistas no Informativo Semanal de Economia Bancária (Iseb), que a Febraban divulgou nesta segunda-feira, 13.
Lembre-se, por outro lado, que os dados do mercado de trabalho nos EUA, divulgados na sexta-feira, vieram bem piores do esperado pelos analistas, colocando dúvidas sobre a recuperação e, por conseguinte, sobre o ritmo da retirada dos estímulos monetários", analisam os economistas.
Os economistas da Febraban também associaram a ligeira elevação da mediana das expectativas de inflação para 2014 no Boletim Focus, de 5,97% para 6%, à surpresa inflacionária em dezembro do ano passado. "Possivelmente, por conte da surpresa ligeiramente negativa com o índice de dezembro, as projeções para o IPCA de 2014 subiram mais um pouco (de 5,97% para 6,0%) na pesquisa Focus divulgada na manhã de hoje", escreveram.
Em relação aos demais indicadores na Focus, segundo avaliam os economistas da Febraban, quase nenhuma novidade foi registrada, com exceção da estimativa para a Selic ao final de 2015, que subiu de 11,25% ao ano para 11,50%.
Ainda em relação ao calendário doméstico, destaque também para o indicador de atividade econômica do BC, a ser divulgado na próxima sexta-feira, 17. A expectativa média do mercado aponta para uma variação negativa na faixa de 0,05% em novembro, ante o mês imediatamente anterior e de uma alta de 1,86% na comparação interanual.