Milho: colheita da segunda safra, também conhecida como "safrinha", está em andamento (Getty Images/Getty Images)
Reuters
Publicado em 3 de julho de 2017 às 14h15.
São Paulo - A consultoria INTL FCStone elevou nesta segunda-feira sua projeção para a segunda safra de milho 2016/17 do Brasil para 66 milhões de toneladas, ante 65,2 milhões de toneladas na projeção de junho.
A revisão reflete um novo aumento do rendimento esperado, cuja média para o Brasil ficou em 5,8 toneladas por hectare, em meio a um clima favorável.
A colheita da segunda safra, também conhecida como "safrinha", está em andamento.
"Diante dessa produção recorde, espera-se que o balanço de oferta e demanda fique bastante confortável, com estoques finais estimados acima de 22 milhões de toneladas", avaliou a analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi, em nota.
Ainda de acordo com a consultoria, as exportações de milho devem ganhar força neste segundo semestre, com a recentes desvalorização do real ante o dólar, o que favorece a competitividade do produto brasileiro.
Já com relação ao milho da safra de verão, a consultoria ajustou sua produtividade média, ficando em 5,49 toneladas por hectare (contra 5,63 toneladas por hectare nos cálculos anteriores), levando a produção a recuar para 31,64 milhões de toneladas (contra 32,44 milhões de toneladas na estimativa anterior).
Dessa forma, a produção total (primeira e segunda safras) foi projetada recorde em 97,65 milhões de toneladas, ante 97,62 milhões de toneladas na projeção de junho.
Com relação à soja, a INTL FCStone trouxe um leve aumento da produção da safra brasileira 2016/17, devido um ajuste na produtividade de Mato Grosso do Sul. A produção estimada ficou em 113,3 milhões de toneladas, aumento de 100 mil toneladas em relação ao número de junho.
Para a INTL FCStone, as exportações de soja se mantêm "bastante aquecidas", e o volume total embarcado deve superar 60 milhões de toneladas em 2017.
Para o consumo interno, as expectativas também são de um consumo mais elevado que no ano passado.
"Mesmo assim, diante da safra recorde, os estoques podem ficar acima de 7 milhões de toneladas, o que é um nível bem mais confortável que o de anos anteriores", concluiu a consultoria.