Economia

Fazenda reduz projeção de PIB de 2025 para 2,3%; expectativa para inflação sobe, para 4,8%

Projeções anteriores apontam para crescimento econômico de 2,5% e alta da inflação de 3,6%

Fachada do Ministério da Fazenda, em Brasília (Leandro Fonseca/Exame)

Fachada do Ministério da Fazenda, em Brasília (Leandro Fonseca/Exame)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 13 de fevereiro de 2025 às 14h13.

Última atualização em 13 de fevereiro de 2025 às 14h22.

Ministério da Fazenda reduziu a projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 de 2,5% para 2,3%. Mesmo com a revisão, o governo está mais otimista que o mercado. A mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo Banco Central (BC) aponta para um crescimento econômico de 2,03% no ano.

Os dados foram apresentados pela Secretaria de Política Econômica (SPE) nesta quinta-feira, 13.

A revisão, segundo a SPE, ocorreu diante do aumento na taxa de juros básica e do cenário conjuntural externo.

"O carry-over para 2025 também se reduziu recentemente. Após a divulgação de indicadores coincidentes de novembro e dezembro, a previsão de crescimento para o quarto trimestre caiu de cerca de 0,7% para 0,4% na margem (4,0% na comparação interanual)", informou a SPE.

Estimativa para inflação aumenta

O governo também aumentou de 3,6% para 4,8% a projeção de inflação para 2025, abaixo das estimativas de mercado. Entre os analistas ouvidos pela BC, a mediana das expectativas está em 5,58%. 

"A inflação deverá se situar pouco acima do intervalo superior da meta, resiliente em função de efeitos defasados da depreciação cambial e do ritmo aquecido de atividade. Para a média das cinco principais medidas de núcleo, a perspectiva é de leve aceleração, de 4,3% em 2024 para 4,4% em 2025, ainda inferior ao limite superior da meta de inflação", informou a SPE.

Mesmo com a alta da inflação, a SPE aposta que o IPCA da alimentação deve cair em 2025. A secretária aposta que os preços de carnes tendem a desacelerar até o final do ano, menos impactados pela reversão no ciclo de abate do gado e pelo avanço das exportações.

"O cenário também deverá ser mais favorável para o arroz, feijão, alimentos in natura e derivados de soja e leite, refletindo as boas perspectivas para o clima e para a produção agrícola em 2025. Em contrapartida, os preços de trigo e derivados tendem a subir, impactados pela baixa colheita em 2024", informou a SPE.

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