Economia

Fazenda: há "alta probabilidade" de moratória na Europa

Ministério diz que mudança no continente deve trazer um novo equilíbrio de poder internacional

A Fazenda diz que o Brasil pode sentir alguns efeitos da atual crise mundial, mas está melhor posicionado para enfrentá-los (Wilson Dias/ABr)

A Fazenda diz que o Brasil pode sentir alguns efeitos da atual crise mundial, mas está melhor posicionado para enfrentá-los (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2011 às 15h44.

São Paulo - O mundo está passando por uma mudança, na qual existe uma "alta probabilidade" de moratória nos países periféricos da zona do euro, que pode resultar em um novo equilíbrio de poder, com aumento da importância das principais economias emergentes como o Brasil, avaliou o Ministério da Fazenda.

No Boletim Economia Brasileira em Perspectiva, divulgado nesta quarta-feira, o ministério diz que o Brasil pode sentir alguns efeitos da atual crise mundial, mas está melhor posicionado para enfrentá-los, e reiterou a necessidade de disciplina fiscal.

"O mundo está passando por um rearranjo econômico que pode culminar em um novo equilíbrio de poder, com aumento da importância das mais dinâmicas economias emergentes, como Brasil, China e Índia", afirmou o documento.

"O que está acontecendo agora envolve uma alta probabilidade de default na periferia da zona do euro e também dificuldades políticas nos Estados Unidos... Mesmo o Brasil não estando no centro da crise de 2011, não está totalmente isolado e pode sentir alguns efeitos da desaceleração... (mas) o Brasil está melhor posicionado para enfrentar uma eventual piora do ambiente econômico global."

"Também é necessário para o Brasil não aumentar o gasto. Por esse motivo, a disciplina fiscal foi fortalecida", afirmou.

O relatório também disse que apesar do processo de moderação em que se encontra o crescimento brasileiro, a economia deve se expandir em ritmo acima da média em 2011 quando comparado com as economias avançadas.

Os dados usados para o documento foram atualizados até 5 de setembro.

"A economia brasileira deve manter seu crescimento dinâmico, com um mercado doméstico fortalecido, solidez fiscal e melhor infraestrutura."

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