Economia

Faturamento da indústria eletroeletrônica cresce 8,5% em 2011

Resultado ficou abaixo do esperado no setor; empresários reclamam da concorrência com os importados

A previsão é que o faturamento do setor encerre o ano com R$ 134,9 bilhões (Roberto Setton/EXAME)

A previsão é que o faturamento do setor encerre o ano com R$ 134,9 bilhões (Roberto Setton/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 15h19.

São Paulo – A indústria eletroeletrônica brasileira vai encerrar 2011 com um faturamento de R$ 134,9 bilhões, 8,5% acima do obtido em 2010. Apesar da expansão, o resultado é inferior ao crescimento de 13% projetado pelo setor, de acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato.

Ele queixou-se da concorrência dos importados e atribuiu essa situação ao aumento de 18,2% no déficit comercial do setor, que chegou a US$ 32,2 bilhões este ano. Enquanto as exportações somaram US$ 7,8 bilhões, as importações de bens acabados e de produtos como componentes alcançou US$ 40 milhões, uma alta de 14,9% em relação ao registrado no ano passado.

“O Brasil está em processo de desindustrialização”, avaliou Barbato, ao destacar que a valorização do real e o aumento do custo de produção têm prejudicado a indústria do setor. Apesar disso, o líder empresarial projeta para 2012 um aumento de 13% no faturamento, que deve chegar a R$ 152,5 bilhões.

Há ainda previsão de crescimento das exportações, que devem ter alta de 5%, atingindo US$ 8,3 bilhões. Mas as importações também deverão continuar crescendo, com alta estimada de 15%, somando US$ 46,1 bilhões.

Acompanhe tudo sobre:Faturamentogestao-de-negociosIndústriaIndústrias em geralResultadoRetrospectiva de 2011setor-eletroeletronico

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo