Economia

Falta de imigrantes pode prejudicar economia alemã

O país precisa atrair enfermeiras, eletricistas e técnicos da área de tecnologia da informação para continuar crescendo


	Entrevista de emprego: empregadores alemãs são resistentes em contratar estrangeiros
 (Getty Images)

Entrevista de emprego: empregadores alemãs são resistentes em contratar estrangeiros (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2013 às 15h44.

Nova York - A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirmou nesta segunda-feira que o crescimento econômico da Alemanha pode ser prejudicado se o país não conseguir atrair mais imigrantes para preencher postos de trabalho.

Segundo a instituição, embora países como Espanha e Grécia registrem taxas de desemprego de quase 25%, a Alemanha não tem conseguido atrair um número suficiente de trabalhadores qualificados e semiqualificados. A língua alemã é considerada muito difícil e existe a falsa sensação de que os obstáculos administrativos são elevados.

Segundo o relatório divulgado pela OCDE, se a Alemanha não introduzir uma política de imigração bem-sucedida para trabalhadores como enfermeiras, eletricistas e técnicos da área de tecnologia da informação, isso terá "um impacto muito negativo, não somente no crescimento potencial, mas também no crescimento econômico real". Segundo o vice-secretário-geral da OCDE, Yves Leterme, o problema da Alemanha não é uma política de imigração muito severa. Para ele, o país é um dos membros da OCDE com menos burocracia e sem limite numérico para os imigrantes.

O problema é a resistência dos empregadores em contratar estrangeiros e a dificuldade da língua alemã. Segundo a OCDE, cada vez menos pessoas estão aprendendo alemão na União Europeia e menos instituições estão oferecendo cursos sobre a língua. Mas as autoridades alemãs estão trabalhando para contornar essas dificuldades, recrutando estudantes estrangeiros nas universidades locais e tentando preencher milhares de vagas de aprendizes em empresas, escolas técnicas e câmaras de comércio.

Segundo Leterme, o número de imigrantes do sul da Europa na Alemanha está crescendo, "mas esse volume ainda é pequeno quando comparado com os imigrantes da Europa Central". Enquanto o número de imigrantes de países como Portugal, Grécia, Itália e Espanha cresceu 7,6% no ano passado, o volume de imigrantes de países como República Checa, Estônia, Letônia, Lituânia, Hungria, Polônia, Eslovênia e Eslováquia saltou 29%.

"A economia europeia realmente precisa de mais mobilidade profissional. A economia dos EUA, por exemplo, é resistente a crises devido à imigração em uma base muito permanente, o que alimenta o mercado de trabalho e a economia", diz o vice-secretário da OCDE. As informações são da Dow Jones.

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