Economia

Falhas em segurança vão obrigar bancos a pagar RS 9 milhões

As principais irregularidades punidas foram número insuficiente e falta de rendição de vigilantes no horário de almoço e alarmes e portas giratórias inoperantes


	Banco Itaú: ao todo, 20 bancos foram multados, entre eles o Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander e Caixa Econômica Federal
 (Sérgio Moraes/Reuters)

Banco Itaú: ao todo, 20 bancos foram multados, entre eles o Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander e Caixa Econômica Federal (Sérgio Moraes/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 11h51.

Brasília – Bancos terão de pagar R$ 9,079 milhões em multas por falhas de segurança em agências e postos de atendimento, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).

As multas foram definidas na reunião Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (Ccasp) da Polícia Federal, ocorrida nesta terça-feira (10).

O Banco do Brasil foi multado em R$ 2,755 milhões; Bradesco, R$ 1,733 milhão; Itaú, R$ 1,669 milhão; Santander, R$ 1,358 milhão; e Caixa Econômica Federal, R$ 767 mil. Ao todo, 20 bancos foram multados.

De acordo com a Contraf, na pauta estavam 867 processos contra bancos, abertos pelas delegacias estaduais de segurança privada (Delesp), por causa do descumprimento da lei federal nº 7.102/83 e de portarias da Polícia Federal.

As principais irregularidades punidas foram número insuficiente e falta de rendição de vigilantes no horário de almoço, alarmes e portas giratórias inoperantes, transporte de valores por bancários, inauguração de agências sem plano de segurança aprovado e cerceamento da fiscalização de policiais federais, dentre outras.

A CCASP é integrada por representantes do governo e entidades dos trabalhadores e dos empresários. A Contraf é a porta-voz dos bancários. A Febraban representa os bancos.

Foi a quarta e última reunião da Ccasp, em 2013. A primeira reunião da Ccasp, em 2014, foi marcada para o dia 19 de fevereiro.

Em nota, a Febraban disse que “os problemas apontados são pontuais, em boa parte referente a processos antigos, do ano de 2010, sem refletir redução dos padrões e procedimentos de segurança seguidos pelas instituições financeiras”.

A Febraban destacou ainda que a rede bancária conta com 22,7 mil agências em todo país, todas com plano de segurança aprovado pela Polícia Federal. Segundo a federação, os investimentos em segurança avançaram de forma significativa nos últimos anos: passaram de R$ 3 bilhões, em 2002, para R$ 8,3 bilhões, em 2011.

“Esses investimentos crescentes, aliados a uma série de medidas preventivas, levaram o número de assaltos a banco em todo o país a cair consistentemente ao longo dos anos”, acrescentou a Febraban.

De acordo com a federação, em 17 instituições financeiras, que incluem os principais bancos de varejo, em 2012, foram registrados 440 assaltos, incluindo as tentativas, o que corresponde a uma queda de 56% em relação ao total de 1.009 assaltos e tentativas de assaltos verificados em 2012.

O banco Itaú Unibanco também se posicionou por nota.

“O Itaú Unibanco continuará investindo para reduzir falhas e aprimorar os serviços de atendimento ao cliente. Sabemos que o processo de melhoria é contínuo e faz parte de uma agenda maior desenvolvida com o objetivo de atender seus clientes cada vez melhor”, disse. O Bradesco disse apenas que “atende o plano de segurança da Polícia Federal”.

Acompanhe tudo sobre:BancosBB – Banco do BrasilBradescoCaixaEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas espanholasFebrabanFinançasItaúItaúsaSantander

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo