Economia japonesa: série recente de dados incluindo queda da produção industrial levou o governo a cortar sua avaliação econômica na terça-feira (Teresa Barraclough/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2014 às 07h47.
Tóquio - As exportações do Japão avançaram no ritmo mais rápido em sete meses em setembro devido às vendas para a Ásia, mas sinais de desaceleração do crescimento global podem afetar a capacidade do setor comercial de estimular a terceira maior economia do mundo, mantendo a pressão por novos estímulos.
"As exportações apresentaram recuperação mas ainda não estão mostrando força como tendência, uma vez que montadoras e outras empresas japonesas estão mudando a produção para o exterior e o crescimento global continua moderado", disse Takeshi Minami, economista-chefe do Norinchukin Research Institute.
Uma série recente de dados incluindo queda da produção industrial levou o governo a cortar sua avaliação econômica na terça-feira, provocando especulações de que pode adotar novos estímulos quando decidir sobre a segunda fase do aumento do imposto sobre vendas em dezembro.
Um conselheiro econômico do primeiro-ministro, Shinzo Abe, afirmou nesta quarta-feira que o próximo aumento deveria ser adiado até abril de 2017, dado o grande risco de outro aumento à frágil economia.
Nesse contexto, os dados comerciais devem ser comemorados por Tóquio. O aumento anual de 6,9 por cento nas exportações em setembro ficou praticamente em linha com o ganho de 6,8 por cento esperado por economistas, e foi a maior alta desde fevereiro. Em agosto, as exportações tiveram queda anual de 1,3 por cento.
As exportações para a Ásia, que respondem por mais da metade dos embarques japoneses, subiram 8,1 por cento em setembro sobre o ano anterior devido à crescente demanda por componentes eletrônicos e metais da China e do Vietnã.