Economia

Exportação agropecuária em alta não ameaça abastecimento, diz ministra

Com a pandemia do novo coronavírus, Brasil chegou a enfrentar problemas logísticos

Agronegócio: exportações tiveram recorde em abril (Edwin Remsburg/Getty Images)

Agronegócio: exportações tiveram recorde em abril (Edwin Remsburg/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de maio de 2020 às 14h22.

Última atualização em 22 de maio de 2020 às 15h31.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta sexta-feira, 22, que o aumento das exportações agropecuárias do Brasil não ameaçam o abastecimento do mercado interno.

Em transmissão ao vivo na internet sobre oportunidades e perspectivas do agronegócio no cenário da covid-19, promovida pelo Instituto de Engenharia, ela ressaltou que as exportações fluem bem e que o setor continua conseguindo abastecer os mercados interno e externo.

Segundo ela, o governo federal acompanha com atenção questões relacionadas ao abastecimento e aos preços para o consumidor final. "Além de abastecer o mercado interno, ainda estamos cumprindo os contratos com os parceiros internacionais e isso traz confiança para o Brasil nas relações comerciais", disse.

A ministra acrescentou que todos os dias o ministério faz um diagnóstico para cada setor, na tentativa de prever o que pode vir no futuro, e afirmou que o acompanhamento dos estoques é fundamental para garantir a segurança alimentar do Brasil e o cumprimento dos contratos comerciais.

Nesse sentido, Tereza Cristina informou que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) está sendo reformulada para que também seja uma empresa de inteligência estratégica, controlando tanto os estoques internos quanto o que está disponível para ser exportado. "É óbvio que, se houver algum problema de abastecimento, o mecanismo que temos é fechar as exportações, como fez a Rússia com o trigo", afirmou, acrescentando que não há preocupação nesse sentido com nenhum produto agrícola.

Com a pandemia do novo coronavírus, o país chegou a enfrentar problemas logísticos, mas os embarques não foram afetados significativamente e os gargalos já foram solucionados, com um trabalho integrado entre os ministérios da Agricultura e da Infraestrutura, envolvendo também os estados e os municípios, disse a ministra.

Segundo ela, o agronegócio brasileiro é um dos setores que estão mais preparados para contribuir com a retomada econômica do país no cenário pós-covid-19.

Isso ocorre, disse, especialmente porque, como o novo coronavírus só chegou ao Brasil em fevereiro, o ministério teve tempo para se preparar, identificando os problemas que o setor poderia ter. "Criamos imediatamente um grupo de acompanhamento e esse trabalho conseguiu nos dar uma noção dos setores que seriam mais afetados."

Acompanhe tudo sobre:Agronegócioeconomia-brasileiraExportações

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto