Carros são vistos queimando após explosão em Tianjin, no nordeste da China (Stringer/Reuters)
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2015 às 22h27.
Xangai/Sydney - Duas explosões em parte do porto chinês de Tianjin afetaram as operações de importação de minério de ferro, assim como as chegadas e partidas de navios petroleiros neste importante acesso ao nordeste da China.
As explosões mataram pelo menos 44 pessoas e feriram mais de 500, afirmaram autoridades e a imprensa estatal nesta quinta-feira.
Autoridades da indústria disseram que as instalações de petróleo e gás no porto não foram afetadas, mas a Administração de Segurança Marítima de Tianjin declarou que as chegadas e partidas de navios com petróleo e produtos químicos foram interrompidas.
Um membro da tripulação a bordo de uma grande embarcação de transporte da Samco Europa confirmou que a equipe teve de interromper o descarregamento de petróleo bruto por volta das 4h15 desta quinta-feira (horário de Brasília).
"A autoridade portuária disse para o navio parar, porque ainda há um risco de explosão devido ao fogo. Eles queriam que toda a atividade parasse", disse um dos oficiais a bordo do navio, acrescentando que não estava claro quando poderia retomar o descarregamento.
Dados de navegação da Reuters mostraram que havia mais de duas dezenas de navios petroleiros na região portuária de Tianjin, esperando para entrar ou sair da zona do porto.
As docas também contêm enorme capacidade de descarga de minério de ferro, o que torna o porto um destino importante para as dezenas de milhões de toneladas de minério procedentes da Austrália com destino às siderúrgicas chinesas.
Algumas partes da área de descarga de minério de ferro no porto, não muito longe do local das explosões, tiveram as operações interrompidas, disse um trader de minério de ferro baseado em Xangai.
Cerca de 7 milhões de toneladas de minério de ferro são armazenadas nessa área do porto de Tianjin.
"Dependendo da extensão da interrupção dessas operações, isso poderia afetar o fluxo de minério de ferro para a China", disse outro trader.