Brics: PMI composto de serviços e manufatura de mercados emergentes subiu para 50,6 em maio ante 50,4 em abril (Jason Lee/Reuters)
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2014 às 10h08.
Londres - A atividade empresarial nos mercados emergentes cresceu em maio ao ritmo mais rápido em três meses, apesar de a expansão ter sido fraca em comparação a mercados desenvolvidos. Um índice de expectativas sobre o futuro atingiu uma nova mínima, mostrou uma pesquisa nesta sexta-feira.
O Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) composto de serviços e manufatura de mercados emergentes do HSBC subiu para 50,6 em maio ante 50,4 em abril, mas ficou bem abaixo do nível da tendência mais longa de 53,8. A produção industrial subiu pela primeira vez em três meses, embora a uma taxa fraca, mostraram os dados. No setor de serviços, a atividade cresceu ao ritmo mais lento desde julho do ano passado.
Entre os mercados emergentes do Bric, a produção brasileira ficou estável, enquanto a China viu um pequeno aumento no crescimento pela primeira vez em quatro meses.
Já a Índia teve seu maior aumento desde junho de 2013, mas a Rússia, que sofreu algumas sanções ocidentais na sequência do conflito na Ucrânia, viu sua produção cair em seu ritmo mais rápido desde maio de 2009. O índice de produção futura, que analisa as expectativas de empresas sobre a atividade em 12 meses, caiu para uma nova mínima em maio.
O Brasil, que sediará a Copa do Mundo neste mês e terá eleições presidenciais em outubro, registrou as menores expectativas sobre produção futura dentre as economias do Bric. O índice de produção futura atingiu uma nova mínima para os 26 meses de coleta de dados para a série.
o economista-chefe da Markit, Chris Williamson, comparou o resultado de maio para os emergentes com a leitura de 55,4 nos países desenvolvidos.
"Enquanto o primeiro aponta para uma contínua falta de ânimo que tem atormentado os mercados emergentes ao longo do último ano, o mundo desenvolvido passou a um movimento mais alto e agora aproveita seu crescimento mais forte em pouco mais de três anos", disse em um comunicado.