(Qilai Shen/Bloomberg)
Bloomberg
Publicado em 31 de maio de 2021 às 10h00.
Última atualização em 31 de maio de 2021 às 14h14.
O crescimento da demanda por metais na China está próximo ou pode ter atingido um pico.
Os mercados de ferrosos sustentaram o avanço após relatórios que mostraram ganhos dos índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) nos setores de construção e aço em maio. No entanto, dados um pouco mais fracos no índice de fábricas podem sinalizar problemas para outros metais se indicarem que a recente alta dos preços está contribuindo para desacelerar o crescimento da manufatura. Os custos de insumos estão agora no maior nível desde 2010, causando pressão sobre empresas de menor porte em particular, segundo números divulgados na segunda-feira.
E, embora o PMI da construção novamente tenha superado o nível de 60 depois de cair em abril, a chegada do verão deve desacelerar a atividade nos canteiros de obras nos próximos meses. A expansão mais fraca do crédito e medidas do governo para esfriar o mercado imobiliário obscurecem ainda mais as perspectivas para o segundo semestre.
O impacto do rali das commodities até agora foi contido entre clientes industriais, mas fábricas, usinas de energia e fazendas na China enfrentam os piores efeitos do aumento dos custos, que ainda não foi repassado aos consumidores.
Os preços ao consumidor e ao produtor subiram, mas o banco central chinês não deve endurecer a política monetária, sob a percepção de que as pressões inflacionárias são transitórias, de acordo com a Bloomberg Economics.
Os altos preços do carvão, entretanto, afetam a produção das fábricas no sul do país. Cerca de 21 cidades de Guangdong, importante província industrial chinesa, estão racionando energia para empresas, pois a recuperação econômica global e o clima quente aumentam a demanda.
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