Economia

Executivo da ANP e MME cotados para diretorias, dizem fontes

Duas fontes afirmam que integrantes da ANP e do Ministério de Minas e Energia estão entre os cotados para ocupar cadeiras na diretoria da agência


	Petróleo: diretores Helder Queiroz e Florival Carvalho deixam a diretora da ANP no fim desta semana
 (thinkstock)

Petróleo: diretores Helder Queiroz e Florival Carvalho deixam a diretora da ANP no fim desta semana (thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2015 às 17h04.

Rio de Janeiro - Integrantes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Ministério de Minas e Energia estão entre os cotados para ocupar duas cadeiras que ficarão vagas a partir da próxima semana na diretoria da autarquia do setor petrolífero, afirmaram à Reuters duas fontes com conhecimento do assunto.

Os diretores Helder Queiroz e Florival Carvalho deixam a diretora da ANP no fim desta semana, quando terminam os respectivos mandatos.

A atual diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, cujo mandato termina em 2016, está tentando indicar pelo menos uma pessoa de sua confiança, explicou a fonte, que pediu anonimato por não ter permissão para falar sobre o assunto com a imprensa.  A outra indicação, disse a fonte, viria do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.

Chambriard teria sugerido dois nomes para ao menos uma das vagas: o chefe de Gabinete da agência, Silvio Jablonski, e o superintendente de abastecimento da ANP, Aurélio Amaral.

"Cada um, Magda e Braga, quer indicar um nome. E eles já começam a ser falados", disse a fonte, na condição de anonimato. "Um ministro com uma atuação intensa no MME não abriria mão de indicar um nome para a diretoria", acrescentou.

Outra cotada para uma das diretorias da autarquia, seria, de acordo com as duas fontes, a diretora do Departamento Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, Symone Araújo, que também ocupa um cargo no Conselho Fiscal da estatal do pré-sal, a PPSA.

Apesar de a lei permitir uma recondução ao cargo para cumprir mais um mandato, o diretor Helder Queiroz já manifestou publicamente que seu ciclo na ANP foi concluído e que vai se dedicar a projetos pessoais dentro e fora do país como professor e consultor na área de óleo e gás.

Já Florival Carvalho, professor universitário, que foi trazido por indicação do PC do B (da base do governo), está tentando uma recondução para mais um mandato como diretor da autarquia, segundo as duas fontes. Mas a sua permanência estaria esbarrando em outros interesses políticos.

Carvalho já conversou com diversos interlocutores em Brasília e permanece em contato nesta semana com autoridades para avaliar a sua permanência.

"Não se pode negar que, apesar da ligação política do Florival, ele é um cara com conhecimento e que agregava à ANP. Ele está tentando ficar, mas parece que não está na cota de nenhum dos dois", afirmou a primeira fonte.

O timing para a substituição dos diretores é incerto, e, segundo as duas fontes, a preocupação do governo está mais voltadas para a 13ª Rodada de Blocos Exploratórios de Petróleo e Gás em outubro, para a recuperação da imagem da Petrobras perante ao mercado, entre outras questões.

"Não dá para dizer quando vai se dar as nomeações, mas parece que o foco maior agora é outro", disse a primeira fonte.

Segundo as regras atuais, a agência reguladora pode funcionar com pelo menos três membros da diretoria, sem que seja necessário indicar um interino. Além dos dois diretores que estão de saída, o colegiado da ANP é formado pela diretora-geral, Magda Chambriard, e pelos diretores José Gutman e Waldyr Barroso.

Para ser nomeado diretor da agência, o candidato deve ser apontado pela presidente Dilma Rousseff, precisa passar por uma sabatina na comissão de infraestrutura do Senado e depois ser aprovado em plenário. O processo é o mesmo no caso de recondução ao cargo.

Acompanhe tudo sobre:ANPMinistério de Minas e Energia

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto